Jornal do Commercio
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa em Londres e Nova York, após uma sessão volátil, marcada por ondas de preocupações relacionadas às tempestades tropicais na região do Golfo do México e declarações do candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, sobre o uso das reservas estratégicas dos EUA, segundo operadores e analistas.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo com entrega em setembro caíram US$ 3,69, ou 2,95%, e fecharam a US$ 121,41 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 119,50 e a máxima de US$ 126,35. Na Bolsa Intercontinental, em Londres, os contratos de petróleo Brent para setembro caíram US$ 3,50, ou 2,82%, e fecharam a US$ 120,68 por barril. A mínima foi de US$ 118,80 e a máxima de US$ 125,30.
Os futuros de petróleo acumulam agora uma queda de mais de 16% em comparação com a máxima histórica estabelecida no início de julho. Embora parte do declínio do mercado possa ser atribuída a reversão de apostas, o fator mais fundamental tem sido o enfraquecimento da demanda por petróleo nos EUA como reflexo dos problemas econômicos enfrentados pelo país.
Nos últimos dias, o petróleo buscou suporte na perspectiva de mais tempestades tropicais na região produtora do Golfo do México, assim como na tensão geopolítica relacionada com as ambições nucleares do Irã. "Quando a mentalidade do mercado muda, você precisa de mais para dar suporte à tendência", disse Antoine Halff, da Newedge USA, LLC. "Existe mais espaço para o mercado cair: evidências adicionais de enfraquecimento da demanda e recuperação na oferta de produtores poderá desencadear uma corrente descendente", acrescentou.
Até agora, no entanto, a temporada 2008 de furacões tem sido desapontadora para os investidores que apostam na alta dos preços do petróleo. O gatilho das perdas foi o informe do Centro Nacional de Furacão (NHC, na sigla em inglês) revelando o enfraquecimento da tempestade tropical Edouard.
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