Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
A Petrobras receberá, no dia 1 de fevereiro, as propostas das empresas pré-qualificadas para a licitação da construção das plataformas P-78 e P-79 que irão operar no campo de Búzios no pré-sal da Bacia de Santos. O processo de licitação seguiu a Lei 13.303/2016 e teve início em julho de 2020, com a participação de 10 empresas nacionais e internacionais, todas com reconhecida experiência.
Nesta etapa, as empresas apresentarão seus preços, além da proposta técnica. Todas as proponentes foram previamente qualificadas para a licitação, quando foram analisados requisitos financeiros, técnicos e operacionais destas empresas. O processo decisório de contratação de bens e serviços da Petrobras considera três critérios: qualidade, competitividade e prazo de fornecimento.
Até 2025, a Petrobras vai colocar em produção 13 sistemas para operação no Brasil. Essa nova geração de plataformas incorpora melhorias e lições aprendidas acumuladas pela Petrobras com a experiência nos últimos 10 anos no pré-sal e em outros projetos offshore. As atuais estratégias de contratação e construção têm por objetivo evitar atrasos nas entregas dos sistemas e acelerar o início do desenvolvimento das áreas de produção.
Atrasos na implantação dos projetos resultam em perdas de bilhões de reais de arrecadação para os governos federal, estadual e municipal, além da redução do tempo de vida útil e produtiva dos campos do regime de partilha, que têm tempo limitado para produção. Na Petrobras, por exemplo, houve atrasos de mais de três anos na entrega de dez plataformas contratadas em 2010, fazendo com que os governos federal, estadual e municipal deixassem de arrecadar R$ 33 bilhões.
Além do impacto nas receitas do Poder Público, atrasos na construção de plataformas prejudicam toda a indústria nacional especializada. As próprias plataformas contam com inúmeros equipamentos de origem nacional e cumprem os requisitos legais de conteúdo local, independentemente do local onde sejam montadas. Adicionalmente, cerca de 2/3 dos custos de um projeto de exploração e produção offshore são gastos nas demais etapas de construção de poços e sistemas submarinos, entre outras, onde grande parte dos bens e serviços são providos por fornecedores no Brasil, que por sua vez contam com uma densa cadeia de fornecimento local.
Buscando evitar atrasos, aumentar a transparência e fazer frente aos desafios que os projetos do pré-sal e a indústria de óleo e gás offshore demandam, a Petrobras reviu sua sistemática de contratação nos últimos anos. Por exemplo, passou a publicar no Canal Fornecedor, ao longo de 2020, diversos documentos de projetos de plataformas, como especificações técnicas e arranjos, termos e condições contratuais. Por meio desse canal, a Petrobras também pôde obter sugestões do mercado para aprimoramento de especificações e aumento de competitividade, além de permitir o engajamento antecipado dos fornecedores nacionais e estrangeiros na contratação das novas plataformas. A companhia também mantém uma agenda permanente de relacionamento com as diversas associações de fornecedores locais, em fóruns nos quais interage com o mercado, ouvindo sugestões e aprimorando as práticas de gestão de sua cadeia de fornecimento de modo colaborativo.
Desta forma, a Petrobras contribui para criação de um mercado fornecedor maduro e competitivo e para a consolidação de um ambiente de negócios atraente para novos investimentos em petróleo e gás no Brasil. A companhia continua sendo uma grande contratante no país, tanto que, em 2020, dispendeu R$ 58 bilhões em contratações de bens e serviços, sendo 62% com fornecedores nacionais.
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