América do Sul

Protesto fecha Congresso boliviano

Jornal do Brasil
01/06/2005 03:00
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Manifestantes voltaram a entrar em choque com a polícia em La Paz.

Policiais e manifestantes voltaram a entrar em choque ontem no centro da capital boliviana. Os militares tiveram de usar bombas de gás lacrimogêneo para enfrentar ativistas armados com bananas de dinamite que queriam se aproximar do Congresso. A despeito da garantia do presidente Carlos Mesa de que haveria segurança para todos, a seção de ontem só contou com um quarto dos parlamentares.
O principal líder opositor, o cocalero Evo Morales, tentou acelerar os trabalhos conclamando a ``sessão histórica para unir a Bolívia``, sem resultado. O principal apelo era a possibilidade de os parlamentares discutirem a convocação de uma Assembléia Constituinte e a nacionalização dos recursos energéticos.
O problema é que os dois assuntos, embora esperados, não estavam na agenda da sessão de terça-feira. Em vez disso, o que se previa era o debate em torno da maior autonomia das províncias ricas do Leste boliviano, lideradas por Santa Cruz de La Sierra. Nessa região estão as maiores reservas de gás.
Os representantes das províncias tentaram acelerar o referendo pela autonomia, uma promessa que o governo fez em janeiro. A opção é encarada como uma estratégia para esvaziar os anseios separatistas de uma rica minoria de empresários com descendência europeus, cujas famílias dominam o cenário econômico nessas áreas e se vêem agora assustadas com o crescimento da influência na capital de grupos indígenas como o MAS, de Morales.
O governo acena com a convocação da Constituinte como forma de equilibrar as duas demandas. Analistas dizem, no entanto, que será impossível obter um acordo que satisfaça os dois lados.
- Estamos em um impasse - avalia o cientista político Jorge Lazarte. - Se ainda há um caminho, este seria o de Santa Cruz aceitando discutir uma data em vez de impor uma.
Brasil e Argentina observam com preocupação a crise política no seu principal fornecedor de gás natural. Ambos enviaram observadores, que se reuniram com líderes populares e políticos. Marco Aurélio Garcia e Isaac Rudnik, no entanto, não procuraram o ministro de Hidrocarbonetos, Guillermo Torres, o responsável pela relação entre o Estado e as empresas.
- Quando se perguntava a todos os setores, de esquerda, centro ou direita, qual é a saída, todos diziam que não sabem. Isso é um sintoma grave - avaliou Rudnik, ontem.

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