Petróleo
Jornal do Commercio
O ministro Edison Lobão disse que foi constituída uma comissão para elaborar mudanças na Lei do Petróleo, que concluirá os trabalhos em 30 a 40 dias. "Todas as sugestões serão bem-vindas. Ninguém deseja fazer alteração de afogadilho", disse. Lobão rebateu as críticas do presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, ao modelo de prestação de serviços, indicado por ele como solução para a mudançano setor. "O Gabrielli preside empresa e torce pelos interesses da Petrobras, que tem 40% de capital nacional. Eu defendo 100% do povo brasileiro", disse.
A alteração na Lei do Petróleo visa elevar a fatia da União. Lobão negou que as propostas representem quebra de contratos. "O que se busca é o que fazem todos os países, que mudam suas leis quando há descobertas. Há, porém, interesses de se manter o status quo. Estamos estudando a legislação de todos os países e vamos propor alterações. Temos que atualizar essa Lei", informou. Lobão se referiu às reservas de petróleo na camada de pré-sal, que estão sendo medidas. "Os analistas acham que temos um mar de petróleo por baixo do pré-sal", disse.
O Brasil produz 1,850 milhão de barris de petróleo por dia e pode chegar "bem longe" com o pré-sal. "Temos 12 bilhões de barris em reserva certificada, que atendem o consumo por 18,5 anos. Com o pré-sal avançamos para 30 anos e alguns especialistas acham que temos reservas para 70 anos ou 80 anos", disse.
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