Redução de emissões de gases do efeito estufa, economia e conforto estão entre as vantagens do ônibus a GNV, que é o primeiro do Brasil a atender a normativa Euro 6.
Redação/Gas Natural FenosaTeve início ontem (08/09) a fase de demonstrações do projeto-piloto que utiliza gás natural veicular (GNV) no transporte público urbano de Sorocaba. A inciativa é uma parceria entre o Consórcio Sorocaba, que opera o transporte público urbano na cidade, a fabricante de caminhões pesados, ônibus e motores Scania e a Gas Natural Fenosa, concessionária distribuidora de gás natural para a região, com autorização da prefeitura de Sorocaba e da Urbes – Trânsito e Transporte.
O ônibus Scania é o primeiro do Brasil movido a gás natural ou biometano. O modelo recebe um trem de força importado da Suécia, pois seu motor já atende a geração mais avançada da legislação de emissões, a Euro 6. No Brasil, a lei atual exige conformidade com a norma equivalente a Euro 5. Seu propulsor é ciclo Otto de quarta geração e 5 cilindros, considerado ultralimpo. O veículo é mais moderno e eficiente que outro sueco anteriormente testado em Sorocaba. “O ônibus chama a atenção pela redução de custos operacionais por quilômetro rodado. Além da diminuição da poluição sonora e de emissões, pois em comparação com um veículo similar, a diesel, emite 70% menos gases poluentes”, destaca Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da Scania no Brasil. “O ônibus, que já opera com sucesso em vários países da Europa, além de na Colômbia, no Peru e no México, elimina a emissão de particulados considerados críticos, como a fuligem e a fumaça preta. Além disso, 80% das peças são comuns às dos veículos a diesel, não demandando maior complexidade na manutenção”, completa. Segundo Munhoz, esse ônibus representa uma solução para uma mobilidade urbana mais sustentável, considerando os aspectos sociais, ambientais e econômicos.
De acordo com Renato Andere Martins, diretor executivo do Consórcio Sorocaba, nesta etapa de demonstrações, o ônibus circulará por diferentes linhas na cidade. “Vamos medir os indicativos de desempenho do ônibus para avaliar os benefícios da sua implantação, visando que, além da redução de emissões de poluentes, maior rendimento e economia, o veículo traga também mais conforto ao condutor e aos passageiros, uma vez que apresenta baixos níveis de ruído”, destaca.
Miguel Marcelo Napolitano, diretor geral da Gas Natural Fenosa em São Paulo, estima uma economia média de 20% a 30% dos gastos de combustível com o uso do GNV, variando conforme a operação do veículo, pois a concessionária distribuidora dispõe de uma tarifa exclusiva para transporte público. “Outra grande vantagem da utilização do GNV em transporte público é a sintonia do gás natural com o meio ambiente, com importante redução de emissões de gases do efeito estufa e consequente melhora na condição de vida nos centros urbanos”, frisa. Para garantir que a operação siga os mesmos procedimentos e características do modelo convencional, o abastecimento do ônibus a GNV será realizado na própria garagem, diz Napolitano.
“Sorocaba é a primeira cidade a receber este projeto-piloto e isto é algo importante para a população. O ônibus a GNV ou biometano é bem indicado para o transporte coletivo, em especial para corredores, como o do BRT, em razão dos benefícios ambientais, com emissões menores de poluentes e vantagens econômicas”, explica o diretor presidente da Urbes, engenheiro Renato Gianolla.
O projeto-piloto se deu por conta da ocasião de renovação da frota do Consórcio Sorocaba e pode, inclusive, fazer parte dos planos para implantação e operação do Sistema Bus Rapid Transit (BRT) em Sorocaba, que deverá modernizar e ampliar o atendimento do transporte coletivo no município e reduzir o tempo dos trajetos.
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