<P>Representantes do governo do Estado, da Associação Comercial e dos Operadores Portuários do Rio de Janeiro apresentaram na tarde desta terça-feira, um projeto de revitalização e melhorias para o Porto do Rio, que prevê investimentos da ordem de R$ 286 milhões. Os recursos seriam utilizado...
Glauco FigueiredoRepresentantes do governo do Estado, da Associação Comercial e dos Operadores Portuários do Rio de Janeiro apresentaram na tarde desta terça-feira, um projeto de revitalização e melhorias para o Porto do Rio, que prevê investimentos da ordem de R$ 286 milhões. Os recursos seriam utilizados na construção de duas novas vias de acesso - uma ferroviária e outra rodoviária - e na operação de dragagem do porto. Do total do investimentos, R$ 191 milhões viriam de repasses do poder público e R$ 95 milhões do setor privado. O projeto pretende transformar Porto do Rio no segundo maior do país em movimentação de cargas até 2010. Atualmente, ele é o sexto colocado no ranking naional.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Rio (Sindoperj), Rogério Caffaro, o porto precisa ser expandido para se adaptar as novas demandas mercado. Ele ressaltou que 50% da movimentação do porto é feita por cargas provenientes de outros estados, principalmente com os de alto valor agregado, como conteinêrs e chapas de aço plano.
Nós movimentamos cargas de Piracicaba(SP), de Minas Gerais, vindas da Açominas citou Caffaro. As siderúrgicas estão aumentando o movimento no Porto do Rio. Estamos falando de projetos reais. A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) está sendo implantada. A Companhia Suderúrgica Nacional(CSN) tem um porto, mas ela exporta 40% dos seus produtos por aqui, comentou o presidente do Sindoperj, na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Rogério Caffaro informou ainda que parte da carga que chega ao Porto do Rio é proveniente do Oorto de Vitória(ES).
O projeto batizado de Porto do Rio - Século 21, Desenvolvimento e Integração Porto/Cidade estabelece que R$ 105 milhões sejam revertidos na construção de uma nova rodovia que interligará o porto à Avenida Brasil, em sentido paralelo a comunidade do Parque Arará. Ela permitirá aos caminhões que transitam pelo porto o acesso direto uma nova área de apoio logístico.
Outros R$ 91 milhões serão aplicados na construção de um novo acesso ferroviário, que incluirá a implantação de bitolas mistas e de um novo pátio ferroviário. Com as mudanças, a capacidade ferroviária do porto subirá dos atuais 150 vagões/dia para 450 vagões/dia. Já os R$ 90 milhões restantes estão previstos para a realização de dragagem que serão executadas em quatro etapas.
A primeira etapa de 12,5 metros nos tecondis já está sendo implantada, a de 10 metros no cais comercial também. A segunda de 13,5 metros no cais convencional, a terceira etapa de 15 metros no terminal de conteinêrs e 13,5 metros no cais de São Criatóvão. A última a mão dupla de navios para acessar o terminal de conteinêrs, enumerou Caffaro.
Para o secretário de estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, as movitações de carga realizadas no porto o credenciam como um dos que possui maior capacidade potencial no país.No Porto do Rio, a média é de US$ 812 por tonelada de movimentação. O Porto de Vitória esta na ordem de US$ 94 por toneladas. Isso cada vez mais caracteriza a qualidade da carga do Rio de Janeiro, avaliou Victer, ressaltando que o Porto do Rio alcançou R$ 11 bilhões em movimentações em 2005. O presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Olavo Monteiro de Carvalho, também participou do evento realizado na sede da entidade, no Centro do Rio de Janeiro
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