Contribuição

Projeto de injeção de CO² em campo terrestre da Bahia servirá de teste para o pré-sal

A Petrobras dará início em novembro à injeção de gás CO² em alta pressão no campo terrestre de Miranga, município de Pojuca, na Bahia, que testará tecnologias que poderão contribuir para os futuros projetos de desenvolvimento do Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos. O gás carbônico produzi

Agência Petrobras
02/10/2009 13:00
Projeto de injeção de CO²  em campo terrestre da Bahia servirá de teste para o pré-sal Visualizações: 208
A Petrobras dará início em novembro à injeção de gás CO² em alta pressão no campo terrestre de Miranga, município de Pojuca, na Bahia, que testará tecnologias que poderão contribuir para os futuros projetos de desenvolvimento do Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos. O gás carbônico produzido nos futuros campos do pré-sal será reinjetado nos próprios reservatórios para aumentar o fator de recuperação.


O projeto do campo de Miranga prevê o sequestro geológico e a retirada de 370 toneladas de CO² da atmosfera por dia. Além dos excelentes ganhos ambientais, a tecnologia a ser empregada aumentará consideravelmente o percentual de recuperação do petróleo contido no reservatório daquele campo.

 
Esse projeto funcionará como laboratório de testes de novas tecnologias que poderão ser aplicadas em outros campos a serem desenvolvidos no País, em especial nas novas descobertas no pré-sal, uma vez que alguns dos reservatórios ali encontrados revelaram a presença de CO²  natural associado ao petróleo.

Estudam-se, também, alternativas como o armazenamento em cavernas ou reservatórios salinos. O campo de Miranga foi escolhido para os testes devido às suas características geológicas e pela logística já disponível no local.

A técnica que será testada em Miranga baseia-se na injeção de CO² a altas pressões. Nesse caso, o CO ²   atua como uma espécie de solvente que altera as propriedades do petróleo e facilita o escoamento no sistema poroso da rocha-reservatório.

A recuperação suplementar de petróleo por injeção de CO², no Brasil, não é uma novidade para a Companhia. Ela foi iniciada há 28 anos, na Bahia. No início das experiências, a Petrobras buscou aplicar uma técnica de injeção de CO²  a altas pressões no campo de Araçás, na Bacia do Recôncavo. Em 1991, implantou no campo de Buracica, na mesma bacia, um projeto de injeção de CO ² a baixas pressões. Esse projeto foi muito bem sucedido, resultando na manutenção parcial da produção de petróleo do campo por cerca de 20 anos. Adicionalmente, com essa técnica foram retiradas da atmosfera cerca de 600 mil toneladas de CO², pelo método de sequestro geológico.

O projeto do campo de Miranga é resultado do conhecimento adquirido nas experiências anteriores. Ele prevê investimentos da ordem de R$ 250 milhões. As obras de implantação foram iniciadas em meados de 2006 e a produção de petróleo está prevista para começar em dezembro deste ano, um mês após o início da injeção de CO². O projeto prevê o lançamento de cerca de 70 km de linhas de injeção de água salgada oriunda do próprio reservatório e cerca de 30 km de linhas de injeção de CO²  além de 18 km de um duto de 6 polegadas que transportará o CO².

O pico de produção do projeto está previsto para meados de 2012, quando deverá atingir 1.500 barris de petróleo por dia. A recuperação adicional de petróleo esperada é de 5 milhões de barris de petróleo. Para viabilizá-lo, a Petrobras investiu na criação de laboratórios especializados em CO² e em pesquisa e desenvolvimento em universidades da Bahia.
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