Política

Projeto congela exploração do gás de xisto por cinco anos

Para parlamentar, riscos são pouco conhecidos.

Valor Econômico
06/12/2013 14:08
Visualizações: 212 (0) (0) (0) (0)

 

O deputado Sarney Filho (PV- MA) apresentou ontem (5) um projeto de lei para pedir a paralisação de qualquer empreendimento de exploração de gás não convencional (shale gas) pelo período de cinco anos.
Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Sarney Filho afirma que os riscos dos projetos de exploração ainda são pouco conhecidos. O prazo de cinco anos seria utilizado para aprofundar pesquisas sobre a viabilidade e necessidade de se explorar o gás no Brasil.
A moratória, segundo o deputado, tem a missão de proteger os aquíferos brasileiros. "Não temos necessidade nenhuma de avançar tão rápido nisso. São interesses econômicos que estão se sobrepondo aos demais", disse Sarney Filho, que também é vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).
"É uma matéria extremamente complexa, nova e que ainda não foi analisada em profundidade. Países como Franca e Dinamarca estão sendo cautelosos em relação ao xisto. É muito precipitado querer explorar o gás no Brasil. Além disso, nossa situação é oposta à dos Estados Unidos. Temos muitas opções de energia", comentou.
A exploração do gás no Brasil, disse o deputado, ainda precisa de uma regulamentação específica. A extração do "shale gas" ocorre por meio de uma técnica de fraturamento hidráulico de rochas subterrâneas, com utilização de água, área e produtos químicos. O gás, também conhecido como folhelho, fica armazenado entre rochas no subsolo, geralmente a mais de mil metros de profundidade. O temor é de que esse processo possa resultar na contaminação de lençóis freáticos.
Durante audiência na Câmara, o representante da área de segurança operacional e meio ambiente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Luciano Silva Pinto Teixeira, disse que o fraturamento para exploração de xisto dependerá de autorização prévia e que a regulamentação está em fase final de análise.
Segundo Teixeira, o leilão da ANP realizado na semana passada para oferta de blocos de exploração de gás teve como foco o gás convencional, prevendo, no entanto, que as empresas vencedoras perfurem as rochas possivelmente detentoras de reservas de gás não convencional, para pesquisa.
Dos 240 blocos licitados, 72 foram arrematados, principalmente na Bahia, Sergipe, Alagoas e Paraná. Desses, 70% ficaram com a Petrobras. Apesar do sucesso da arrecadação de R$ 165,2 milhões, a 12ª Rodada da ANP se mostrou um leilão de pouco risco e pouca disputa, à exceção das bacias do Recôncavo, a primeira a ser explorada no Brasil, e Paraná, onde as ocorrências de gás são conhecidas há várias décadas. O que foi vendido foram blocos com perspectiva de exploração de gás natural convencional. Áreas com mais probabilidade de exploração de gás não convencional, como "shale gas" e o "tight gas", por exemplo, e que exige a perfuração de poços com fratura da rocha, não tiveram saída.
Apesar disso, a possibilidade de proibição de exploração do "shale gas" pode impactar muitas das áreas já leiloadas no Brasil, inclusive nas últimas 11 rodadas de concessão feitas pela ANP. Teoricamente, as empresas hoje já podem explorar este tipo de gás e não existe nenhuma regulação específica para controlar a atividade.

O deputado Sarney Filho (PV- MA) apresentou ontem (5) um projeto de lei para pedir a paralisação de qualquer empreendimento de exploração de gás não convencional (shale gas) pelo período de cinco anos.
Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Sarney Filho afirma que os riscos dos projetos de exploração ainda são pouco conhecidos. O prazo de cinco anos seria utilizado para aprofundar pesquisas sobre a viabilidade e necessidade de se explorar o gás no Brasil.

A moratória, segundo o deputado, tem a missão de proteger os aquíferos brasileiros. "Não temos necessidade nenhuma de avançar tão rápido nisso. São interesses econômicos que estão se sobrepondo aos demais", disse Sarney Filho, que também é vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).

"É uma matéria extremamente complexa, nova e que ainda não foi analisada em profundidade. Países como Franca e Dinamarca estão sendo cautelosos em relação ao xisto. É muito precipitado querer explorar o gás no Brasil. Além disso, nossa situação é oposta à dos Estados Unidos. Temos muitas opções de energia", comentou.

A exploração do gás no Brasil, disse o deputado, ainda precisa de uma regulamentação específica. A extração do "shale gas" ocorre por meio de uma técnica de fraturamento hidráulico de rochas subterrâneas, com utilização de água, área e produtos químicos. O gás, também conhecido como folhelho, fica armazenado entre rochas no subsolo, geralmente a mais de mil metros de profundidade. O temor é de que esse processo possa resultar na contaminação de lençóis freáticos.

Durante audiência na Câmara, o representante da área de segurança operacional e meio ambiente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Luciano Silva Pinto Teixeira, disse que o fraturamento para exploração de xisto dependerá de autorização prévia e que a regulamentação está em fase final de análise.

Segundo Teixeira, o leilão da ANP realizado na semana passada para oferta de blocos de exploração de gás teve como foco o gás convencional, prevendo, no entanto, que as empresas vencedoras perfurem as rochas possivelmente detentoras de reservas de gás não convencional, para pesquisa.

Dos 240 blocos licitados, 72 foram arrematados, principalmente na Bahia, Sergipe, Alagoas e Paraná. Desses, 70% ficaram com a Petrobras. Apesar do sucesso da arrecadação de R$ 165,2 milhões, a 12ª Rodada da ANP se mostrou um leilão de pouco risco e pouca disputa, à exceção das bacias do Recôncavo, a primeira a ser explorada no Brasil, e Paraná, onde as ocorrências de gás são conhecidas há várias décadas. O que foi vendido foram blocos com perspectiva de exploração de gás natural convencional. Áreas com mais probabilidade de exploração de gás não convencional, como "shale gas" e o "tight gas", por exemplo, e que exige a perfuração de poços com fratura da rocha, não tiveram saída.

Apesar disso, a possibilidade de proibição de exploração do "shale gas" pode impactar muitas das áreas já leiloadas no Brasil, inclusive nas últimas 11 rodadas de concessão feitas pela ANP. Teoricamente, as empresas hoje já podem explorar este tipo de gás e não existe nenhuma regulação específica para controlar a atividade.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Brasil
Entra em vigor a "Lei do Combustível do Futuro"
10/10/24
Evento
Tecnologia e negócios se encontram na maior feira de ino...
10/10/24
Transição Energética
Transição energética justa só existe se o consumidor for...
10/10/24
Mato Grosso do Sul
Cristiane Schmidt da MSGÁS vê com preocupação impacto da...
10/10/24
Apoio Offshore
Petrobras aprova contratação de 10 novas embarcações par...
09/10/24
TN 151 - Especial ROG.e 2024
Entrevista exclusiva com Sylvia dos Anjos, diretora exec...
09/10/24
Amazonas
Cigás ultrapassa meta anual de usuários contratados
09/10/24
Conteúdo Local
Audiência pública da ANP debate relatórios de conteúdo local
08/10/24
Etanol
FS realizará segunda fase de investimento no projeto BEC...
08/10/24
Gás Natural
Iniciativa privada anuncia R$ 5,7 bilhões até 2030 em so...
08/10/24
Evento
Ultragaz participa do evento Liderança Verde Brasil Expo
08/10/24
Posicionamento IBP
Sanção do PL Combustível do Futuro
08/10/24
Resultado
Fator de Utilização das Refinarias (FUT) da Petrobras ch...
08/10/24
Certificação
Usina termelétrica da Petrobras recebe certificação inte...
07/10/24
PD&I
ExxonMobil investe mais de R$ 200 milhões em projetos de...
07/10/24
Internacional
Potencial descoberta de gás na Colômbia é divulgado pela...
07/10/24
Descarbonização
MME anuncia R$ 6 bilhões em investimentos para descarbon...
07/10/24
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana no vermelho
07/10/24
ROG.e 2024
BRAVA Energia investe em tecnologia para aumentar a prod...
04/10/24
Evento
Naturgy debate as perspectivas do biometano e do gás nat...
04/10/24
Parceria
Petrobras e Itaipu discutem parceria na área de inovação...
04/10/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20