Companhia impulsionada pela expansão de suas minas na Austrália.
Valor Online
A produção de minério de ferro da Rio Tinto subiu 12% no terceiro trimestre em relação a um ano antes, para 76,8 milhões de toneladas métricas, impulsionada pela expansão de suas minas na Austrália, mesmo em meio ao cenário de forte queda nos preços da commodity. Na comparação com o segundo trimestre, o volume produzido entre julho e setembro foi 5% maior.
A companhia, segunda maior produtora mundial de minério de ferro depois da Vale, está de olho em ganhos de participação de mercado nos embarques do produto, alegando que o tamanho de suas operações australianas é suficiente para produzir com custos muito menores do que o dos concorrentes.
A mineradora vem defendendo sua decisão de aumentar a capacidade, numa estratégia que, segundo analistas, tem contribuído para a queda de 40% no preço da commodity, que representa a maior parte de seus resultados.
A Rio Tinto reiterou as expectativas de produção de 295 milhões de toneladas de minério de ferro no ano, incluindo a produção nas minas canadenses. Além disso, disse que pretende vender cerca de 5 milhões de toneladas extras que estão em estoque.
A oferta cresce de minas australianas, incluindo também aquelas operadas pelas concorrentes BHP Billiton e Fortescue Metals Group, inundaram o mercado neste ano, puxando os preços para os menores patamares desde 2009.
A Rio Tinto vem expandindo suas minas na região de Pilbara, apostando que a China continuará a demandar uma vasta quantidade de minério de ferro para abastecer a construção civil e a indústria siderúrgica e automobilística.
O gigante asiático é responsável pela compra de três em cada cinco toneladas da commodity exportadas pelas mineradoras.
“Se nós não preenchermos esse espaço, alguém o fará”, disse o presidente da divisão de minério de ferro da companhia, Andrew Harding, na semana passada. “É a dura realidade de um mercado muito competitivo e globalizado”, acrescentou.
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