Redação TN Petróleo/Assessoria Ineep
O Ineep divulga, hoje (17/12), o Boletim do Gás Natural Nº 3, no qual revela que, no terceiro trimestre de 2025, a produção média nacional alcançou 190,1 MMm³/dia, um aumento de 18,6% frente ao mesmo período do ano anterior. O mês de julho de 2025 marcou um recorde histórico, atingindo 190,9 MMm³/dia, com 63,8 MMm³/dia disponibilizados ao mercado, também o maior volume já registrado.
Esse avanço decorre da combinação entre a entrada em operação de novas plataformas no pré-sal e o aumento da eficiência operacional dos sistemas existentes. A ampliação da produção doméstica contribuiu para reduzir a necessidade de importações.
No entanto, em 2025, a conjuntura do setor expôs, mais uma vez, suas contradições: a produção nacional alcançou níveis recordes, enquanto a demanda doméstica registrou retração. Entre janeiro e setembro, enquanto a produção (172MMm³/dia) teve crescimento de 16,5% na comparação com igual período de 2024, o consumo industrial, principal destino do gás no país, recuou 3,9%, e o uso térmico caiu mais de 20% em razão da menor necessidade de despacho para as termelétricas.
Segundo informa o Boletim do Ineep, a abertura do mercado não se traduziu em eficiência. "A Nova Lei do Gás estabeleceu bases para que consumidores pudessem contratar diretamente o suprimento junto a produtores e comercializadores, sob a justificativa de ampliar a concorrência, atrair novos agentes e reduzir o preço final do insumo. Contudo, cinco anos após o lançamento do programa e dois após o início do Gás para Empregar, os avanços permanecem limitados. A proposta de liberalização convive com gargalos logísticos e disputas regulatórias, associadas a um modelo gestado entre 2016 e 2022, que restringe a capacidade de coordenação estatal sobre a cadeia de gás natural", comenta a publicação.
Para ler o Boletim completo, entre em contato com a comunicação. Ou acesse nosso site a partir desta quinta-feira (18 de dezembro).
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