Rio Oil & Gas 2008

Presidente da Petrobras participa da cerimônia de encerramento da Rio Oil & Gas

A capacidade atual instalada da indústria mundial fornecedora de bens e serviços para o setor de petróleo e gás não será suficiente para atender às futuras demandas da Petrobras para os seus projetos do pré-sal. Esta foi a avaliação do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Aze

Da Redação
19/09/2008 12:21
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A capacidade atual instalada da indústria mundial fornecedora de bens e serviços para o setor de petróleo e gás não será suficiente para atender às futuras demandas da Petrobras para os seus projetos do pré-sal. Esta foi a avaliação do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, durante a cerimônia de encerramento da Rio Oil & Gas, nesta quinta-feira (18). Segundo Gabrielli, será necessário expandir a capacidade do Brasil e do mundo e a estatal usará seu poder de compra para ajudar o país a atrair investimentos para sediar a expansão mundial da indústria.

 

“Temos capacidade de alavancagem pelo tamanho da nossa compra. Teremos que antecipar contratos, dar suporte a fornecedores estratégicos que tenham interesse em ampliar capacidade, captar recursos e atrair novos entrantes. Este é um desafio, não apenas para a Petrobras e seus parceiros, mas também para seus fornecedores, que têm uma oportunidade muito grande de crescer”, explicou.

 

Firmar contrato de longo prazo com fornecedores e lançar um programa agressivo de licitações também são estratégias que a Companhia vem utilizando para enfrentar os desafios dos próximos anos, entre eles o pré-sal. Até 2015, serão realizadas mais 175 licitações, além da encomenda de 55 sondas (28 a serem construídas no Brasil).

 

Para o pré-sal, Gabrielli ressaltou que os desafios envolvem logística, automação, desenvolvimento de novos materiais e escoamento de gás. Há ainda a questão do modelo de produção. Ele ressaltou que a Petrobras iniciará a produção com o modelo vigente, mas terá que substituí-lo à medida que for detendo novos conhecimentos.

 

Da província do pré-sal, de 112 mil km2, 62% ainda não estão sob concessão e 31% da área concedida (cerca de 35 mil km2) conta com participação da Petrobras. Gabrielli deixou claro que embora o Governo tenha legitimidade para resolver o que fazer com as áreas ainda não concedidas, é importante levar em consideração que no momento atual da economia mundial a importância estratégica do petróleo e gás se torna ainda maior. “As grandes descobertas no mundo vem escasseando desde 2000. Nós temos descobertas recentes e que já estão produzindo, a exemplo de Jubarte”, declarou.

 

Durante sua conferência, Gabrielli fez uma análise do mercado mundial de petróleo, destacando que, nos últimos três anos, os países que mais demandaram petróleo foram China, Índia, África, América do Sul, principalmente o Brasil, e Rússia, que precisaram de mais energia para suportar seu crescimento. Em paralelo, a Europa, os Estados Unidos e o Japão decresceram sua demanda por combustíveis. Além disso, ressaltou que a oferta mundial de petróleo dos países da Opep ficou abaixo do esperado.

 

“O aumento da reserva mundial se deu mais em função do acesso à tecnologia, que permitiu melhores taxas de recuperação, do que por novas descobertas. O custo de descoberta e de desenvolvimento tem se elevado desde 1995 por uma série de fatores, entre eles pelo aumento de preço de insumos. Os das sondas offshore, por exemplo, essenciais à produção, não param de crescer”, explicou.

 

Segundo o presidente da Petrobras, por mais que este cenário esteja complicado, o País precisa olhar longe. “O momento é de enfrentar desafios, manter o otimismo no futuro com consciência da realidade. Nossa decisão de hoje terá impacto dez, quinze anos depois para a Petrobras e para quem estiver no nosso entorno”.

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