O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), João Carlos de Luca, criticou hoje (23) a decisão do Ministério de Minas Energia de adiar a oitava rodada de licitações para exploração de blocos de petróleo, incluindo o pré-sal. O processo está parado desde 2006 e seria defi
Agência BrasilO presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), João Carlos de Luca, criticou hoje (23) a decisão do Ministério de Minas Energia de adiar a oitava rodada de licitações para exploração de blocos de petróleo, incluindo o pré-sal. O processo está parado desde 2006 e seria definido ontem (22).
“Ficamos tristes quando soubemos da decisão do CNPE [Conselho Nacional de Política Energética], que ainda não achou ser este o momento ideal para retomar a oitava rodada, com ou sem o bloco do pré-sal”, disse Carlos de Luca, representando cerca de 230 empresas do setor associadas ao IBP.
De acordo com ele, a suspensão da rodada em questão quebra a regularidade da política brasileira para o setor e cria instabilidade, atrapalhando a competição entre as empresas e podendo também comprometer a atuação do setor. “Não tem a questão da previsibilidade”, disse Carlos de Luca durante o seminário Rio além do Petróleo.
“Se não tivermos licitações, as empresas que estão trabalhando e não fizeram descobrimento, gastam seus projetos, um risco natural, mas que daqui a pouco as impedirá de trabalhar. Sem matéria prima, vão embora”, acrescentou Carlos de Luca, que também representa o grupo Repsol.
A questão das licitações também foi tema de debates no Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, que se reuniu ontem, pela segunda vez, no Rio. Petroleiros e representantes de movimentos sociais se juntaram com objetivo de impedir os leilões, considerados por eles formas de “privatizar as riquezas naturais do país”.
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