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Daniela LessaA Transpetro divulgou nesta terça-feira (20/06) o resultado das
negociações com estaleiros e consórcios para a encomenda de 16 dos
26 navios previstos na primeira fase da licitação. O preço total
caiu de US$ 1,522 bilhão para US$ 1,275 bilhões. A redução de US$
257 milhões corresponde a 16,2% de desconto, informou o
presidente da Transpetro, Sérgio Machado. O desconto inclui
redução de 20% no preço do aço, negociada diretamente entre
Transpetro e Usiminas.
Segundo Machado e técnicos da Transpetro, o aço representa cerca
de 20% do custo dos navios menores e 30% do custo dos Suezmax.
Considerando a redução de 20% no preço do aço da Usiminas, a
redução referente ao insumo foi de 4%. O presidente da Transpetro
informa que além desta parte de valor, o desconto dos empresários
incluiu finanças, mão-de-obra e uma série de componentes dos
custos.
A primeira fase da licitação para a construção de 42 navios no
âmbito do Programa de Modernização e Expansão da Frota da
Petrobras Transportes (Promef) prevê a construção de 26 navios, no
entanto as negociações sobre preços com o consórcio Atlântico Sul
(Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiróz Galvão, Aker Promar e
Samsung) ainda não foram concluídas. O consórcio foi vencedor do
maior lote da licitação, o de 10 petroleiros Suezmax.
O presidente da Transpetro informou que caso não seja concluída a
negociação, o que considera pouco provável, os outros estaleiros e
consórcios habilitados na primeira fase serão convidados a
apresentar propostas de preços. O mesmo ocorreria no caso de algum
grupo empresaria não conseguir fornecer as garantias exigidas pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para
o financiamento.
O vencedor dos lotes 2 e 3, o consórcio Rio Naval (MPE, IESA,
Sermetal e Hyunday) reduziu em 12,8% o preço do primerio navio da
série de cinco Aframax. Na proposta inicial, a embarcação seria
construída por US$ 122.501.000 e nesta segunda proposição, após a
negociação, o preço do navio está em US$ 106.810.000. A curva de
apredizado dos Aframax prevê que a último navio será construído a
US$ 100.990.000 e a média de preço é de US$ 103.593.000, 4% acima
da referência internacional de US$ 99.522, que correponde ao navio
atendendo aos requisitos da Transpetro e com financiamento
externo.
No lote 3, para a construção de quatro Panamax, a redução
oferecida pelo Rio Naval para o primeiro navio foi de pouco mais
de 20%. O preço inicial foi US$ 112.409.000 e o atual foi de US$
89.447.000. A média de preço é 3% acima no valor internacional e
foi calculada em US$ 87.250.000
Os estaleiros Mauá Jurong e Itajaí chegaram a oferecer preços
inclusive mais baixos do que a referência internacional, segundo
dados da Transpetro. A proposta inicial do Maurá Jurongo para a
construção do primeiro navio de produtos havia sido de US$
84.644.000 e passou para US$ 71.721.000 após a negociação. O valor
representa uma redução de 15,6%. O preço médio dos navios de
produtos foi calculado em US$ 69.270.000, e está 1% menor do que o
preço de referência internacional fornecido pela consultora
Clarkson.
O estaleiro Itajaí, que conquistou o lote para a construção de
três navios gaseiros, forneceu uma redução de 14,1% no preços dos
primeiros navios construídos, passando de US$ 51.933.000 para US$
44.640.000. O preço médio será de US$ 43.633.000, 2% menos do que
a referência internacional.
O presidente da Transpetro, informou ainda, que embora já tenha
sido conquistada uma redução de preço do aço de 20% - o que
aproxima o aço nacional do internacional em termos de preço -,
ainda há espaço para redução. Os contratos entre estaleiros e
Transpetro contemplam a possibilidade de que havendo aço mais
barato, os preços dos navios também poderão ser reduzidos mesmo
após a assinatura dos contratos, que deverá ocorrer ainda esta
semana.
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