A Petrobras realizou ontem (4), no primeiro dia da Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, Texas, uma concorrida série de palestras sobre o pré-sal. Mesmo desfalcada do grupo original, que iria apresentar os trabalhos, a estatal demonstrou apenas as reservas de óleo e gás. O grupo subs
RedaçãoHouston - A Petrobras realizou ontem (4), no primeiro dia da Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, Texas, uma concorrida série de palestras sobre o pré-sal. Mesmo desfalcada do grupo original, que iria apresentar os trabalhos, a estatal demonstrou apenas as reservas de óleo e gás. O grupo substituto foi muito bem sucedido, agradando a audiência ao demonstrar todo o conhecimento da empresa. Afinal, o pré-sal é um assunto que está trazendo muita curiosidade por parte das outras operadoras.
Na ocasião, foram apresentadas desde as características geológicas e de reservatórios até as demandas futuras por produtos e serviços necessários para o desenvolvimento dos projetos na região, passando, obviamente, pelos os desafios tecnológicos nas áreas de produção e perfuração.
“Toda ajuda é bem vinda”, observou, durante sua palestra, o gerente geral de engenharia de poço da Petrobras, Bráulio Bastos.
O gerente de Engenharia de Produção da Bacia de Santos, Kazuioshi Minami, detalhou o projeto piloto de Tupi, destacando o uso de sísmica 3D de alta resolução. “Usaremos um veículo de terceira geração, na maior campanha de sísmica do país”, disse. Segundo o engenheiro, o objetivo da Petrobras é iluminar a região do pré-sal, coletar o maior volume de dados possível e a partir daí implementar os projetos. Dentro dessa perspectiva, o Teste de Longa Duração e o Piloto de Tupi são chaves para a introdução de novas tecnologias.
Minami afirmou que é igualmente fundamental a redução de custos. "Não podemos produzir a área do pré-sal sem que a indústria (de bens e serviços para o setor) torne isso possível", disse. “A companhia precisa gerar caixa para desenvolvimentos futuros e, por isso, quer garantir um aumento da margem de lucro dos projetos com a redução de custos dos fornecedores”, explicou.
“Os desafios já foram identificados”, afirmou Orlando Ribeiro, gerente de projetos da Petrobras America, destacando a criação, por parte da estatal, de novos programas tecnologicos focados na região do pré-sal, como o Pró-sal (Programa Tecnológico do Pré-Sal) e o Programa de Excelência da Engenharia de Poços (PROPOÇO), uma das iniciativas estratégicas do E&P da Petrobras.
Para a estatal, a palavra de ordem é a aceleração das inovações com tecnologias desenvolvidas sob-medida para o pré-sal. “No início da exploração e produção no país, precisamos de 45 anos para alcançar o primeiro bilhão de barris diários. Depois, na Bacia de Campos, precisamos de apenas 27 anos para alcançar a mesma meta. Na região do pré-sal, a idéia é reduzir esse tempo e conquistar o primeiro bilhão de barris diários em 12 anos”, disse o gerente de operações da Petrobras América, Luiz Guilherme Santos.
Tudo isso sinaliza um período de grandes investimentos e um cenário de oportunidades para empresas que fornecem ou pretendem fornecer para a Petrobras.
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