Estudo

Potencial de energia solar e eólica brasileira tem sido menosprezado

Relatório de ONGs foi divulgado nesta segunda (12).

Agência Brasil
12/11/2012 17:24
Potencial de energia solar e eólica brasileira tem sido menosprezado Imagem: Stock_XCHNG Visualizações: 679 (0) (0) (0) (0)

 

O potencial de energia solar e eólica no Brasil tem sido menosprezado nas políticas públicas do setor energético. A avaliação de um grupo de organizações não governamentais que acompanham o setor foi divulgada nesta segunda-feira (12) na segunda edição do relatório "O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade".
De acordo com o documento, com as tecnologias disponíveis atualmente para aproveitamento de energia solar, seria possível atender a 10% de toda a demanda atual de energia elétrica com a captação em menos de 5% da área urbanizada do Brasil. Os estudos apontam que, no caso da energia eólica, o potencial inexplorado chega a 300 gigawatts (GW), o que equivaleria a quase três vezes o total da capacidade instalada atualmente no país.
“A questão central é que há uma necessidade de abrir um debate mais amplo entre governo e sociedade. Criticamos as premissas usadas para estimar a demanda [por energia], que são baseadas apenas no PIB [Produto Interno Bruto]”, disse o geógrafo Brent Millikanm, diretor do Programa Amazônia da ONG International Rivers - Brasil.
Segundo ele, com mais espaço de discussão em diferentes setores, o governo conseguiria definir “um planejamento mais amplo que mostre quais as reais necessidade do país e como atender com mais eficiência e menor custo social e ambiental”.
A ausência de uma política de incentivos para a inovação tecnológica e a ampliação da escala de produção de energia têm prejudicado a expansão de outros potenciais elétricos do país, apontam os pesquisadores.
Para os representantes das organizações não governamentais (ONGs) Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace Brasil, Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, International Rivers - Brasil, Amazon Watch e WWF - Brasil, a falta desses estímulos prejudica diretamente os resultados da indústria nacional. “É importante termos uma política mais voltada para eficiência que é fundamental para competitividade industrial”, acrescentou Millikanm.
Os dados apresentados no documento mostram que os investimentos privados em energia renovável no Brasil cresceram 8% em 2011, saltando para US$ 7 bilhões - impulsionados, principalmente, pelo potencial da energia eólica. Em todo o mundo, os investimentos em energia renovável chegaram a US$ 237 bilhões, em 2011, superando os US$ 223 bilhões gastos, no mesmo ano, para a construção de novas usinas movidas a combustíveis fósseis.
Os pesquisadores acreditam que, além de direcionar melhor as demandas, os debates com a sociedade poderiam orientar as estratégias do setor baseado na realidade das regiões e nos potenciais impactos que poderiam gerar.
Millikanm explica que a composição do Conselho de Política Energética, responsável pela aprovação dos planos do setor, refletem a atual situação.
“Deveria ter representantes da sociedade civil e de universidades nesse conselho, mas, essas cadeiras estão vazias. Isso é emblemático da falta de diálogo. Se tivesse um debate mais aberto, tomariam decisões melhores para a sociedade. Como existem parcerias muito fortes das grandes empreiteiras e de outras empresas, como as de mineração, a política pública acaba sendo desviada para alguns interesses”, criticou.
Procurados pela reportagem da "Agência Brasil", os ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não se pronunciaram sobre o estudo.

O potencial de energia solar e eólica no Brasil tem sido menosprezado nas políticas públicas do setor energético. A avaliação de um grupo de organizações não governamentais que acompanham o setor foi divulgada nesta segunda-feira (12) na segunda edição do relatório "O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade".


De acordo com o documento, com as tecnologias disponíveis atualmente para aproveitamento de energia solar, seria possível atender a 10% de toda a demanda atual de energia elétrica com a captação em menos de 5% da área urbanizada do Brasil. Os estudos apontam que, no caso da energia eólica, o potencial inexplorado chega a 300 gigawatts (GW), o que equivaleria a quase três vezes o total da capacidade instalada atualmente no país.


“A questão central é que há uma necessidade de abrir um debate mais amplo entre governo e sociedade. Criticamos as premissas usadas para estimar a demanda [por energia], que são baseadas apenas no PIB [Produto Interno Bruto]”, disse o geógrafo Brent Millikanm, diretor do Programa Amazônia da ONG International Rivers - Brasil.


Segundo ele, com mais espaço de discussão em diferentes setores, o governo conseguiria definir “um planejamento mais amplo que mostre quais as reais necessidade do país e como atender com mais eficiência e menor custo social e ambiental”.


A ausência de uma política de incentivos para a inovação tecnológica e a ampliação da escala de produção de energia têm prejudicado a expansão de outros potenciais elétricos do país, apontam os pesquisadores.


Para os representantes das organizações não governamentais (ONGs) Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace Brasil, Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, International Rivers - Brasil, Amazon Watch e WWF - Brasil, a falta desses estímulos prejudica diretamente os resultados da indústria nacional. “É importante termos uma política mais voltada para eficiência que é fundamental para competitividade industrial”, acrescentou Millikanm.


Os dados apresentados no documento mostram que os investimentos privados em energia renovável no Brasil cresceram 8% em 2011, saltando para US$ 7 bilhões - impulsionados, principalmente, pelo potencial da energia eólica. Em todo o mundo, os investimentos em energia renovável chegaram a US$ 237 bilhões, em 2011, superando os US$ 223 bilhões gastos, no mesmo ano, para a construção de novas usinas movidas a combustíveis fósseis.


Os pesquisadores acreditam que, além de direcionar melhor as demandas, os debates com a sociedade poderiam orientar as estratégias do setor baseado na realidade das regiões e nos potenciais impactos que poderiam gerar.


Millikanm explica que a composição do Conselho de Política Energética, responsável pela aprovação dos planos do setor, refletem a atual situação.


“Deveria ter representantes da sociedade civil e de universidades nesse conselho, mas, essas cadeiras estão vazias. Isso é emblemático da falta de diálogo. Se tivesse um debate mais aberto, tomariam decisões melhores para a sociedade. Como existem parcerias muito fortes das grandes empreiteiras e de outras empresas, como as de mineração, a política pública acaba sendo desviada para alguns interesses”, criticou.


Procurados pela reportagem da "Agência Brasil", os ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não se pronunciaram sobre o estudo.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Evento
Evento Drone em Faixas de Dutos tem nova data
06/11/24
Geração
ABGD participa de Conferência Internacional em Foz do Ig...
06/11/24
Certificação
Foresea recebe, pelo quarto ano seguido, certificação de...
06/11/24
Flow Assurance Technology Congress
Da produção offshore à transição energética
06/11/24
E&P
ANP lança segunda fase do GeoMapsANP com novos dados e f...
06/11/24
ACORDO
ABNT adotará normas do American Petroleum Institute em d...
05/11/24
Gás Natural
BRAVA Energia inicia fornecimento de gás para Pernambuco
04/11/24
Evento
Projetos de P&D da Galp são destaque em evento da SPE Br...
04/11/24
Gás Natural
Preço do Gás Natural recua e Gasmig repassa queda ao con...
04/11/24
Investimento
PetroReconcavo anuncia investimento de mais de R$ 340 mi...
04/11/24
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana valorizados
04/11/24
BRANDED CONTENT
Estudo comprova eficiência do corte a plasma na manutenç...
02/11/24
Energia Elétrica
CCEE ajuda a reduzir custos na gestão da oferta e do con...
01/11/24
Energia Solar
Energia Solar Fotovoltaica: SDE discute potencial e prot...
01/11/24
Pré-Sal
FPSO Almirante Tamandaré chega ao Campo de Búzios
01/11/24
Pré-Sal
Com 3,681 de milhões de boe, pré-sal tem recorde de prod...
01/11/24
Evento
Inscreva-se agora: últimas vagas disponíveis para o 7º S...
01/11/24
Pré-Sal
MODEC contribui com quase 40% da produção da Petrobras e...
01/11/24
E&P
Navio-sonda NORBE VIII, da Foresea, deixa Baía de Guanab...
01/11/24
ANP
Oferta Permanente de Concessão (OPC): aprovada a indicaç...
01/11/24
ANP
Qualidade de produtos importados: ANP ajusta regras para...
31/10/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21