Um português de origem indiana inventou um mecanismo que ajuda o motorista a poupar combustível, através de um sinal luminoso no velocímetro que o alerta sempre que está pisando excessivamente no acelerador.
Agência BrasilUm português de origem indiana inventou um mecanismo que ajuda o motorista a poupar combustível, através de um sinal luminoso no velocímetro que o alerta sempre que está pisando excessivamente no acelerador.
"É um mecanismo ao mesmo tempo amigo da carteira e do ambiente", disse à Agência Lusa Rajesh Pai, nascido na Índia há 43 anos, mas morando em Portugal há 20 e já naturalizado.
O inovação de Pai conquistou a medalha de prata, na categoria de transportes, no Salão Internacional de Genebra, que aconteceu entre 1º e 6 de abril.
"Já apresentei a ideia a alguns fabricantes de automóveis e dois ou três já manifestaram grande interesse no mecanismo", disse.
Rajesh já pediu o registro da patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, com o nome de Green Pai Driving (GPD).
Segundo estima, um carro conduzido respeitando GPD poderá fazer, com o mesmo combustível, mais 6% de quilômetros do que aquele que não está equipado com o sistema.
Em termos amplos, o GPD é um sistema que mostra no velocímetro uma faixa verde.
"Se o ponteiro dos quilômetros estiver dentro dessa faixa, o motorista tem a certeza que está a fazer uma condução verde, ecológica e econômica. Se a ultrapassar, a condução passará a ser vermelha e a pesar no bolso do condutor e no ambiente", explicou.
Desempenho
Contudo, os números mostram mais: em condições standard, um carro conduzido a 70 km/hora pode gastar 55 litros de gasolina para fazer um percurso de 660 quilômetros, mas o mesmo condutor a 130 km/hora poderá andar apenas 550 quilômetros com a mesma quantidade de combustível.
"No fundo, toda a gente tem mais ou menos a noção disto, mas a partir do momento em que uma pessoa se senta ao volante esquece-se rapidamente destes detalhes e nem percebe que está pisando demais no acelerador. O sistema que eu inventei é, apenas, um lembrete, um alerta, um alarme, nada mais que isso", acrescentou.
Cada carro, dependendo da capacidade do motor, do número de cavalos e do peso, terá seu próprio GPD, o que poderá ser diferente levando em consideração o modelo e a marca.
Depois, a "via verde" aparecerá no GPD, variando conforme velocidade e direção do vento, o peso e o número de ocupantes, inclinação e condições da estrada, pressão dos pneus e rotações do motor.
"Uma vez que o GPD se torne um hábito por parte dos condutores, a sua utilização se tornará tão comum como usar o cinto de segurança", disse Pai.
Ele frisou que, sobretudo em tempo de crise, este sistema pode ser uma "grande ajuda" tanto para os motoristas como fabricantes e vendedores de automóveis.
"Um carro que apresente este sistema é, desde logo, mais tentador para o cliente", disse.
Além disso, Rajesh já está trabalhando num outro sistema inovador, desta vez relacionado com a economia de água no uso doméstico.
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