Portugal manifestou, em Bruxelas, suas "discordâncias" com a atual proposta da Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) de apoios a projetos energéticos, segundo o plano europeu de recuperação econômica, disse o ministro luso das Relações Exteriores, Luís Amado.
Agência LusaPortugal manifestou, em Bruxelas, suas "discordâncias" com a atual proposta da Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) de apoios a projetos energéticos, segundo o plano europeu de recuperação econômica, disse o ministro luso das Relações Exteriores, Luís Amado.
O chanceler, que participou de uma reunião dos chefes de diplomacia dos 27 países do bloco, admitiu que Portugal queria ver mais iniciativas suas consagrados na lista de projetos de infra-estruturas energéticas que deverão receber um apoio total de 3,5 bilhões de euros (R$ 10,74 bilhões), cabendo a Portugal apenas cerca de 30 milhões (R$ 92 milhões).
"Nos termos em que a lista se apresenta, ela não nos satisfaz. Há alguns domínios que nos interessava ver mais desenvolvidos neste programa", disse Amado, que apontou projetos de armazenamento de gás e da eficiência energética.
Amado ressaltou ainda que o debate e a lista de projetos "ainda não estão fechados" e que espera ainda uma proposta "mais equilibrada" por parte da Comissão Europeia.
Expectativas
O ministro disse que, diante da crise atual, "a situação é de muita tensão em todos os Estados", e, embora o pacote não seja muito relevante, tendo em consideração a dimensão da crise, "há uma grande expectativa em relação a algumas das decisões no âmbito deste programa".
"Era bom que a comissão trabalhasse ainda mais as propostas que estão sobre a mesa, no sentido de garantir um mais amplo consenso do que aquele que foi atingido", declarou.
Lembrando que se trata de um processo de co-decisão, com maioria qualificada, Amado reconheceu que Portugal está "muito dependente da vontade da Comissão".
Em 28 de janeiro, a Comissão Europeia formalizou uma proposta com vista a investir 5 bilhões de euros (R$ 15,35 bilhões) de verbas não aplicadas do orçamento comunitário em projetos de infra-estruturas energéticas e da banda larga para a internet, com a maior "fatia" destinada ao domínio energético.
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