Projeto

Porto do Rio poderá ser ampliado

<P>O aterro de uma área na margem da Baía de Guanabara, no Porto do Rio, para a criação de 1,2 milhão de metros quadrados de pátio e sete berços de atracação, é uma das propostas em estudo no processo de modernização portuária. Estimado em US$ 1,5 bilhão, o projeto está em fase embrio...

O Estado de S.Paulo
18/08/2008 00:00
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O aterro de uma área na margem da Baía de Guanabara, no Porto do Rio, para a criação de 1,2 milhão de metros quadrados de pátio e sete berços de atracação, é uma das propostas em estudo no processo de modernização portuária. Estimado em US$ 1,5 bilhão, o projeto está em fase embrionária e é uma idéia da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec). Apesar da delicada questão ambiental, não encontra resistências no governo do Estado.

Para a secretária do Ambiente do Estado, Marilena Ramos, apesar do tombamento patrimonial, o aterro de uma pequena parte da baía seria possível em determinadas circunstâncias. Ela ressalva que ainda não há um projeto formalmente apresentado e por isso não há como avaliar a questão.

Vamos examinar o projeto, mas ainda não temos conhecimento oficial da proposta. Na região portuária, há áreas de baía chamadas de zonas mortas, onde foram montados diques, píeres e não existe circulação. Não há uma posição contrária do Estado em relação à proposta. Mas precisamos discutir e negociar o projeto, afirmou.

Richard Klien, presidente do conselho de administração da Multiterminais - um dos terminais de contêineres do porto - e integrante da Abratec, argumenta que a área portuária do Rio precisa não apenas de novos berços para os navios, mas também de uma retroárea para operação dos guindastes contígua aos locais de atracação e suficientemente ampla para as manobras. Naquela área, a água é podre e até a ilha que existe é artificial, resultado do despejo de dragagens, comentou.

Ele disse que a proposta dos empresários do setor embute, como contrapartida para o Estado, o tratamento das águas do Canal do Mangue, originalmente aberto para controlar o fluxo e refluxo da maré na baía. A estação de tratamento seria montada a uma distância de cerca de dois quilômetros da orla portuária.

A Companhia Docas do Rio de Janeiro participa de uma comissão informal da comunidade portuária para discutir as alternativas. Os debates começaram no início do ano e tinham estimativa de terminar em três meses, mas ainda não houve consenso no setor.

O aterro da Baía é uma das alternativas mais radicais para a expansão do porto. Há outras. Uma delas, também proposta pela Abratec, prevê apenas a expansão do cais existente, para construção de quatro novos berços. Mas, na avaliação dos empresários, não seria suficiente para devolver competitividade ao Porto do Rio.

O porto ocupa uma área de 6.740 metros de cais contínuo e um píer, acostável dos dois lados. As principais cargas movimentadas, basicamente em terminais privados, são veículos, contêineres, produtos siderúrgicos, papel de imprensa e trigo. A área a ser aterrada seria a de um trecho em U, que une os cais de São Cristóvão, Caju e Gamboa.

Hoje em modesta 11ª colocação no ranking da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), o Porto do Rio movimentou 19,7 milhões de toneladas de carga em 2007. Desempenho melhor do que o de 2006, quando estava na 14ª posição. Itaguaí, na Baixada Fluminense, já ocupa o terceiro lugar. No ano passado, ultrapassou Santos em volume transportado.

A evolução do transporte marítimo vem exigindo portos cada vez mais modernos. Os navios de quinta e sexta geração transportam o triplo de contêineres que carregavam há 15 anos. A infra-estrutura do porto tem também de se adequar para atender a essa demanda diz Sérgio Salomão, presidente da Abratec. Os modelos de propostas estão sendo enviados, segundo ele, ao ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, Pedro Brito.

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