O movimento de cargas do Porto de São Sebastião, no litoral Norte do estado de São Paulo, registrou uma alta de 31% no ano passado. O complexo portuário operou 878.317 toneladas de produtos (quase 209 mil toneladas a mais do que no ano anterior).
O índice de crescimento foi de quatro vezes o atingido pelo Porto de Santos no mesmo período 7,6%. A diferença é que o cais santista, o principal do Brasil, já ultrapassou a marca da centena de milhão de toneladas (em 201, foram 104,5 milhões de toneladas).
O investimento no setor é encarado pela Companhia Docas de São Sebastião (CDSS) a autoridade portuária, como responsável pelo crescimento. Nos últimos dois anos, R$ 165 milhões foram aplicados no complexo e atraíram novos negócios àquela região.
Ao todo, 18 tipos de cargas são operados no complexo. A movimentação de chapas de aço cresceu 1.863% no último ano. Em 2011, passaram pelos seus berços 73153 toneladas do material - número 19 vezes menor do que em 2012. Também em destaque, máquinas e equipamentos registraram um aumento de 164% na movimentação. Em 2011, foram 9.605 toneladas, enquanto um ano depois, foram 25.311 toneladas.
A operação de tubos de aço movimentou 88% a mais do que há dois anos. O balanço da carga em 2012 fechou em 62.359 toneladas, já em 2011, somou 33.133 toneladas.
A exportação de animais vivos também apresentou aumento na movimentação - em 2011, foram embarcadas 996 toneladas e, em 2012, 1.773 toneladas, uma lata de 78 % entre os dois períodos.
Intercâmbio
A Docas de São Sebastião estabeleceu, na última semana, uma cooperação operacional e logística com o porto belga de Antuérpia - considerado o 5º nauir di nybdi e o 2º maior da Europa.
O acordo prevê a troca de conhecimentos nas áreas de gestão ambiental e a interação com setores fora do proto organizado, como o interior de cada região.
No ano passado, a CDSS investiu cerca de R$ 2 milhões em programas de gestão ambiental, que englobam ações na área portuária e no entorno para o monitoramento da água, do solo e da biota aquática (grupos biológicos), entre outros. Também receberam recursos dos programas de Educação Ambiental voltados a comunidades do litoral Norte.
"A importância deste protocolo de intenções é aprendermos com os melhores do mundo em gestão portuária, para sermos uma referência no Brasil", disse Casemiro Tércio Carvalho, presidente da Docas.