<P>No primeiro semestre de 2007, o Porto de Santos movimentou 38,88 milhões de toneladas, registrando um incremento de 10,48% em comparação com o mesmo espaço de tempo do ano passado, o que representou um recorde no período. Levando-se em conta o resultado, as projeções indicam que o porto de...
A TribunaNo primeiro semestre de 2007, o Porto de Santos movimentou 38,88 milhões de toneladas, registrando um incremento de 10,48% em comparação com o mesmo espaço de tempo do ano passado, o que representou um recorde no período. Levando-se em conta o resultado, as projeções indicam que o porto deverá fechar o ano com a marca de 81 milhões de toneladas movimentadas, o que significará um aumento de 6,17% em relação a 2006.
A movimentação de contêineres alcançou 13,1 milhões de toneladas, registrando aumento de 6,40% no número de unidades operadas. Hoje, dos 4 milhões de contêineres movimentados pelo comércio exterior por ano, 1,6 milhão passam por Santos. E esses números crescem a cada ano.
Isso indica que o porto está em franca expansão. Há, portanto, necessidade urgente de o complexo receber investimentos que venham a aumentar a sua infra-estrutura. Embora os investimentos públicos não venham na velocidade ideal, a iniciativa privada não pára de investir na expansão de tecnologias, equipamentos e gerenciamento de suas atividades. O que deixa claro que maiores investimentos poderiam ser feitos se houvesse infra-estrutura adequada, acesso aquaviário, aumento de calado e uma gestão portuária empresarial.
Apesar da turbulência provocada pela crise no mercado financeiro mundial, não se prevê maiores abalos para o comércio exterior, pois parece irreversível a tendência de aumento na demanda de commodities, especialmente minério de ferro, açúcar e soja, o que reserva um papel importante para o Brasil no cenário internacional. É um dos fatores que justificam as fusões ou aquisições que vêm ocorrendo na área de navegação. E por que algumas multinacionais vêm investindo no porto, cada qual procurando garantir um terminal, equipamento imprescindível diante da necessidade de se desviar maior número de navios para o Hemisfério Sul.
O que conspira contra o tempo é o excesso de burocracia, que sempre atrasa a execução de obras públicas. Por isso, é inadiável a discussão de mecanismos que facilitem a participação da iniciativa privada em obras de infra-estrutura, já que a parceria público-privada (PPP) nos moldes atuais não tem sido esse instrumento indutor. Como a experiência mostra, a participação da iniciativa privada sempre oferece mais competitividade e permite melhores serviços à população. Aliás, se o Governo entregasse tudo à iniciativa privada, concentrando-se em projetos sociais, como saúde e educação, em pouco tempo o Brasil estaria às portas do Primeiro Mundo.
Fonte: A Tribuna
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