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Jornal Energia & NegóciosNeste ano, a movimentação do Porto de Santos deve crescer quase 5% atingindo 85,95 milhões de toneladas. De acordo com a Companhia de Docas de São Paulo (Codesp), as projeções têm como base a dos terminais e órgãos que apontam as perspectivas do agronegócio. A carga geral deve crescer cerca de 4,3% acima da previsão para 2007, estimando-se chegar a 33,78 milhões de toneladas. O destaque nessa modalidade deve ficar com a carga conteinerizada, que atingirá um fluxo de 2,67 milhões de TEU (equivalente a contêiner de 20 pés), representando um aumento de 7% em relação ao estimado para este ano.
Já os Granéis Líquidos devem totalizar 15,43 milhões de toneladas, apontando para um crescimento de 0,5% em cima do total estimado para este ano. Para os Granéis Sólidos estima-se um movimento de 36,73 milhões de toneladas, 8,9% acima do total projetado para este ano. As expectativas de crescimento dessa atividade, com base nas previsões de aumento para o açúcar e soja (18,2% e 10,2%, respectivamente) devem ser reduzidas pela queda prevista para as importações de trigo, determinada pelo aumento da produção nacional. As projeções para o milho permanecem no mesmo patamar deste ano.
Se a movimentação portuária cresce, os investimentos nas instalações acompanham o ritmo. Em 2007, foram investidos R$ 22 milhões, 82% acima do ano anterior. A maioria dos aportes foi fruto de iniciativas governamentais, como do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), outros R$ 1,6 milhão do Tesouro Nacional e R$ 5,8 milhões da própria Codesp.
Por outro lado, o Governo Federal estará destinando recursos da ordem de R$ 1 bilhão para a dragagem dos portos brasileiros e o aprofundamento do porto de Santos é sua prioridade. O investimento permitirá ampliar a profundidade de 12 para 15 metros e a largura do canal de navegação de 150 para 220 metros, possibilitando a navegação com cruzamento de embarcações e dando ao porto condições de receber navios de até 9 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Esse empreendimento envolverá recursos da ordem de R$ 207 milhões e viabilizará Santos como porto concentrador de cargas.
Investimentos buscam diferencial
Neste ano, a Codesp concentrará recursos na finalização das obras da Avenida Perimetral da Margem Direita, bem como no início da Avenida Perimetral da Margem Esquerda e no aprofundamento do canal de navegação do porto. “Para Santos manter sua competitividade deve desenvolver uma estratégia que diferencie seus serviços dos prestados pelos demais portos e que respondam às expectativas de seus clientes”, avalia José Di Bella, diretor-presidente da Codesp.
No que tange o setor privado, os investimentos totalizaram R$ 297 milhões em 2007, basicamente concentrados em novas instalações, melhorias e equipamentos. Os investimentos mais expressivos foram feitos pelos terminais da Santos Brasil, Libra Terminais, Adonai, Tecondi, Rodrimar, TGG/Termag, Cosan, Teaçu e Terminal para Passageiros (Concais).
Em 2008, estima-se a aplicação de recursos da ordem de R$ 250 milhões pelos terminais da Granel Química, Petrobras, Tecondi, Terminal Intermodal de Santos (TIS), Brasil Terminal Portuário, Itamarati, Multicargo, NST, Tecon 3 e Embraport.
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