Ceará

Porto de Pecém recebe primeira carga de GNL em maio

<P>A Petrobras já garantiu a aquisição da primeira carga de gás natural liqüefeito (GNL) que vai abastecer o terminal de regaseificação a ser instalado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará.</P><P>Apesar de diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, te...

Diário do Nordeste/CE
08/01/2008 00:00
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A Petrobras já garantiu a aquisição da primeira carga de gás natural liqüefeito (GNL) que vai abastecer o terminal de regaseificação a ser instalado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará.

Apesar de diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, ter afirmado recentemente ao Jornal Valor Econômico que o combustível só chegara ao Brasil no segundo semestre, o presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), Erasmo Pitombeira, prevê esta data para maio, que é o período em que estarão prontas as obras de adaptação do Píer 2 para o recebimento do GNL.

O píer, explica Pitombeira, foi projetado para o recebimento de petróleo líquido. Segundo ele, o contrato, já assinado entre a Cearáportos e a Petrobras, fixa o fornecimento mínimo de 500 mil toneladas anuais de GNL, quantidade que corresponde a sete milhões de metros cúbicos por dia.

Adaptação provisória

Segundo esclarece, a adaptação o Píer 2 é provisória, uma vez que já está em andamento a feitura do projeto de construção do Píer 0, que servirá exclusivamente para o recebimento do gás natural. O projeto ainda passará pelo processo licitatório e a previsão para a sua construção é em três anos.

Após construído o novo píer, o atual voltará a receber, exclusivamente, petróleo líquido, e irá concentrar todo o abastecimento do Estado. Desta forma, o recebimento que hoje é feito no Porto de Mucuripe passará para o Pecém.

Pitombeira ainda fala sobre o projeto futuro de realizar a regaseificação dentro de uma planta terrestre, ao invés do atual processo marítimo, feito dentro de um navio. O projeto ainda está em estudo.

Térmicas são prioridade

Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras no Estado, a destinação prioritária do gás será para as termelétricas do Ceará.

Para a importação de GNL, foram contratados dois navios regaseificadores (Golar Winter e Golar Spirit). A estatal petrolífera não divulga de onde virá o combustível, alegando que terceiriza empresas para adquirir o produto de diferentes partes do mundo.

A diretora de Gás e Energia da Petrobras não informou o volume comprado, o preço ou o nome do vendedor. ´O gás vai chegar quando precisarmos. O que posso dizer é que vai atender toda a demanda térmica da Petrobras em 2008. Temos uma necessidade teórica de complementar alguns volumes e isto já foi providenciado´, disse.

A demanda a que ela se refere é a do Termo de Compromisso (TC) assinado entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Petrobras, em maio do ano passado, e que hoje é objeto de uma multa de R$ 84 milhões (contestada pela Petrobras) por descumprimento por parte da estatal.

Pelo TC, a Petrobras se compromete a fornecer combustível (gás natural ou óleo combustível) para 22 usinas no Nordeste, Sudeste e Sul -- algumas próprias. O compromisso é de que elas gerem 3.970 megawatts (MW) de energia no primeiro semestre deste ano e 4.675 MW no segundo semestre, aumentando progressivamente os volumes até 2011.

Usinas térmicas

A Petrobras possui participações societárias ou o controle de 14 usinas, sendo 11 térmicas -- uma no Estado --, com capacidade de gerar 4.462 megawatts (MW) de energia, sem incluir a Norte Fluminense (801 MW e da qual a estatal tem 10%) e Araucária (484 MW dos quais 20% da estatal). O montante não leva em conta as usinas que usam combustível fornecido pela empresa sob contrato e são controladas por grupos privados.

Se todas as térmicas a gás do País precisarem entrar em operação para gerar energia elétrica, elas consumiriam diariamente 38 milhões de metros cúbicos de gás natural. Considerando-se que a produção média brasileira de gás em 2007 foi de 43 milhões de metros cúbicos/dia, esse volume representa 88,4% da produção, que nem toda é aproveitada.

Fonte: Diário do Nordeste/CE

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