Empresa arrematou o lote C3 por R$ 82 milhões, assegurando ágio de 719% em relação ao valor mínimo previsto; com resultado, estados terão nova operadora de telefonia móvel
Redação TN Petróleo/AssessoriaDisputas acirradas marcaram o leilão das radiofrequências do 5G, iniciado nesta quinta (4/11). A operadora Sercomtel ofereceu proposta de R$ 82 milhões e arrematou o lote C3 da faixa de 3,5 GHz (gigahertz) que abrange estados da região Norte e parte do estado de São Paulo. Esse valor é 719% maior do que o mínimo exigido pelo governo federal. O lance inicial apresentado pela operadora foi de R$ 72,1 milhões.
A vitória permitirá que a empresa, hoje com atuação no estado do Paraná, amplie a operação para outras localidades. Conforme o edital, a Sercomtel poderá explorar regionalmente a faixa de 3,5 GHz por 20 anos - prazo prorrogável a título oneroso, na forma da regulamentação vigente à época do vencimento. Essa faixa é uma das principais do leilão, com capacidade de transmissão de altíssima velocidade e a mais utilizada no mundo para a tecnologia 5G.
Cada uma das quatro faixas de radiofrequência do leilão tem obrigações de investimentos para ampliar a conectividade no Brasil. As vencedoras dos lotes regionais da faixa de 3,5 GHz devem garantir a cobertura de internet móvel de quinta geração em municípios com menos de 30 mil habitantes. Além disso, assumem o compromisso de instalar rede de fibra óptica em localidades indicados no edital e que hoje têm pouca ou nenhuma infraestrutura.
INVESTIMENTOS - A previsão é que a licitação movimente R$ 169 bilhões nos próximos 20 anos, segundo estimativas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Do montante, R$ 70 bilhões devem ser investidos pelas operadoras de telecomunicações em todo o Brasil para cumprir as obrigações previstas no edital. Nesta sexta (5/11) o leilão 5G segue com a Comissão Especial de Licitação (CEL) avaliando todas as propostas apresentadas para os lotes principais G a J, associados ao uso das radiofrequências na faixa de 26 GHz.
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