ESG

Por que falamos pouco sobre Governança em ESG?

Redação TN Petróleo/Assessoria
22/05/2023 15:45
Por que falamos pouco sobre Governança em ESG? Imagem: Divulgação Visualizações: 754 (0) (0) (0) (0)

Ações ESG vêm ganhando força. Prova disso são os investimentos na pauta, que até 2025 devem chegar aos US$ 53 trilhões, de acordo com a pesquisa ESG Radar 2023. O dado aponta um crescimento significativo em iniciativas ambientais, sociais e de governança corporativa dentro das empresas nos próximos anos, resultado de uma demanda dos investidores, que consideram o desempenho da sigla um ponto determinante para a escolha das aplicações.

Em contrapartida, de acordo com outra pesquisa, desenvolvida pela consultoria e auditoria Deloitte, entre fevereiro e março deste ano, a conciliação entre essas aplicações e resultados futuros é um dos maiores desafios enfrentados pelas lideranças. Aliar a execução das pautas à expectativa de finalidades lucrativas ainda é um grande desafio para as empresas. “Muitas vezes, companhias interessadas em promover mudanças sociais ou de consumo podem se ver em situação econômica desvantajosa, tornando-se incapazes de agir como desejavam”, esclarece o advogado Emanuel Pessoa (foto), especializado em Governança Corporativa, Direito Societário, Contratual e Econômico.

Outros obstáculos estão, também, enraizados no próprio ambiente corporativo. "Por um lado, temos a falta de mão de obra qualificada para criar e executar políticas e regras de governança. Por outro, o forte número de empresas sem administração profissional separada da figura dos sócios - um reflexo do domínio de empresas familiares e individuais no volume dos CNPJs", reforça.

O especialista ainda acrescenta que duas das três frentes da sigla chamam mais a atenção dos consumidores: a preservação do meio ambiente e as questões sociais, já a governança é um tema mais restrito a investidores, uma vez que, na visão de fora, ela apenas visa mitigar o conflito de interesses entre os sócios e os administradores de uma empresa. "Mas é a Governança Corporativa que analisa investimentos e políticas ambientais e sociais à luz de uma análise entre retorno e risco. Desta forma, é o G que permite a efetivação consistente e de longo prazo do E e do S. Merece nossa atenção", finaliza Emanuel.

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