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Jornal Agora - RSA Quip S/A, empresa responsável pela montagem da plataforma oceânica P-53, mantém a data de 15 deste mês para o término do serviço e trabalha com expectativa de saída da plataforma do Porto do Rio Grande até 30 de agosto. Conforme o diretor de suporte corporativo à gestão da Quip (Queiroz Galvão, Ultratec e Iesa), Marcos Reis, entre os dias 15 e 25 deste mês, serão desmobilizadas as instalações provisórias montadas a bordo da plataforma para realização dos trabalhos. E o processo de liberação alfandegária já foi iniciado pela Receita Federal há duas semanas e está ocorrendo de forma ágil, devendo estar concluído até o final do mês.
Ele explicou que há uma série de documentos que precisam ser entregues para o desembaraço. Como a contratante da P-53 não é a Petrobras e sim uma empresa americana, um grupo de investidores que depois vai arrendar a plataforma para a Petrobras, se faz necessário um processo de exportação ficta. Neste caso, o bem não sai fisicamente do País. É feito o processo de exportação e em seguida a Petrobras faz o de importação. Em 29 ou 30 de agosto, deverá estar tudo pronto para a saída da P-53 do porto, puxada por rebocadores, direto para o campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos.
A data do batismo da plataforma, inicialmente prevista para 29 de agosto, deverá ser antecipada, conforme a agenda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, porém ainda não está definida. Marcos Reis disse que agora há três datas previstas: 15, 16 ou 18 deste mês, sendo que a última é a mais provável até o momento, mas pode haver alteração. Estamos trabalhando para estarmos com tudo pronto para o batismo a partir do dia 15. A confirmação deve ocorrer só por volta do dia 12, relatou. A P-53 deverá entrar em operação, no Campo de Marlim Leste, em outubro.
Terá capacidade de produzir 180 mil barris/dia de óleo e seis milhões de metros cúbicos de gás, além de tratar e injetar 245 mil metros cúbicos de água por dia e gerar 92 megawatt de energia.
Tempo recorde
Marcos Reis observou que, na P-53, a empresa mantém o tempo recorde no processo de integração dos módulos e finalização, ficando com três meses à frente da plataforma feita em menor prazo até agora no País. Esse processo na P-53 será concluído em 11 meses, contados a partir da liberação alfandegária, e na realizada em menor prazo no Brasil, anteriormente, esse trabalho foi feito em 14 meses. O serviço todo, construção de módulos e integração, costuma ser feito em 36 meses pela indústria internacional. No caso da P-53, fechará em 42 meses, mas porque a Petrobras promoveu mudanças no projeto e houve atraso na chegada do casco em Rio Grande, que era prevista para janeiro de 2007 e aconteceu em setembro, segundo ele.
O projeto como um todo foi um sucesso. A P-53 fecha um ciclo de linha de aprendizado na indústria nacional. Aprendemos como se faz e a fazer bem. Soubemos aproveitar as lições do passado. Agora é torcer para termos sucesso em novos projetos, salientou. Após a saída da P-53 do cais da área industrial da Quip, localizada no Porto Novo do Rio Grande, ficará uma estrutura mínima para manter o canteiro da empresa até sair o resultado das licitações que estão no mercado, nas quais a Quip e seus associados estão interessados.
Marcos Reis informou que estão sendo iniciados diálogos com o governo estadual visando a garantir a manutenção dos incentivos fiscais dados pelo Estado que viabilizaram a P-53. A Quip vai participar da licitação para construção da P-63 e para essa plataforma ser efetivamente feita em Rio Grande se faz necessária a manutenção desses incentivos fiscais. Para a P-63, o melhor canteiro é aqui (Rio Grande), mas sem o apoio do Estado fica inviável, explicou. Das licitações para construção e integração dos módulos da P-55, um consórcio formado por associados da Quip está participando e a intenção é que o serviço seja realizado em Rio Grande.
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