O superávit da balança comercial registrado em fevereiro deste ano, de US$ 1,71 bilhão, foi influenciado pela venda, ao exterior, de uma plataforma de petróleo, no valor de US$ 405 milhões, e, também, de energia elétrica, no valor de US$ 309 milhões, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em fevereiro do ano passado, quando o saldo comercial somou US$ 1,19 bilhão, não foram registradas exportações de plataformas de petróleo e nem de energia elétrica. Sem estas operações, o superávit de fevereiro deste ano, que foi o maior desde 2009, e as exportações, recorde para o segundo mês de um ano, não teria registrado o mesmo desempenho.
No grupo de produtos manufaturados (industrializados), nos quais estão inseridos a plataforma de petróleo e a energia elétrica exportados no mês passado, e cujas vendas externas subiram 18% sobre fevereiro de 2011, também se destacaram as exportações de suco de laranja não congelado (+274,3%, para US$ 128 milhões) e de óleos combustíveis (+98,9%, para US$ 512 milhões).
No caso dos produtos básicos, os números do governo mostram um aumento bem menor em fevereiro deste ano, de 6,6%. O minério de ferro, por exemplo, registrou queda de 14% nas vendas externas em fevereiro, por conta principalmente do recuo do preço (-24%). As exportações de soja em grão, porém, subiram 578%, para US$ 715 milhões, enquanto que as vendas externas de US$ algodão em bruto subiram 384%, para US$ 115 milhões.
Sobre os produtos seminanufaturados, os dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que houve crescimento das vendas externas de 25,2%. Os principais destaques das exportações nesta categoria de produtos foram: semimanufaturados de ferro e aço (+98,8%, para US$ 474 milhões) e ferro fundido (+48%, para US$ 149 milhões).