Cotação
Jornal do Commercio
As cotações internacionais do petróleo voltaram ontem a superar os US$ 50 por barril, pela primeira vez em cerca de um mês, devido a preocupações com relação ao conflito no Oriente Médio e à crise do gás na Europa. Em Londres, o petróleo Brent fechou o dia em US$ 51,20 por barril, alta de US$ 1,58 com relação ao pregão anterior. Em Nova York, o barril do WTI chegou a bater US$ 50,47, mas cedeu no final do pregão, fechando a US$ 48,58 por barril, queda de US$ 0,23.
Há grande preocupação sobre a possibilidade de a tensão no Oriente Médio se espalhar por outros países produtores de petróleo, disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates. Com relação à Europa, o temor era de que a suspensão do envio de gás russo provocasse aumento das compras de combustíveis líquidos alternativos ao gás. O preço do óleo de calefação, por exemplo, subiu 3,3% ontem.
"As cotações apenas reagiram às notícias ruins. Não há nada que tenha influenciado, de fato, o mercado e que justifique uma retomada da curva de crescimento dos preços", comentou o analista da Tendências, Walter de Vitto. A opinião é confirmada por outros especialistas, para quem, diante das fracas projeções de demanda, problemas geopolíticos não são suficientes para sustentar um movimento de alta. De fato, a cotação americana recuou no meio da tarde, após a divulgação de dados ruins sobre a economia local.
O consumo de gasolina, por exemplo, caiu 1,8% na semana terminada na última sexta-feira, em relação à semana anterior.
Na comparação com a mesma semana de 2008, a queda foi de 3,5%. segundo relatório semanal elaborado pela MasterCard e divulgado durante a tarde de hoje.Dados sobre vendas de imóveis e atividade industrial nos Estados Unidos também vieram abaixo do esperado.
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