Em julho do ano passado, a exportação de extratos minerais, no qual se inclui o petróleo, representava 41,7% do total exportado, em julho de 2005 este percentual é de 33,7%. O dado é considerado positivo, um reflexo da diversificação da pauta de exportações do estado.
Embora continue sendo o principal ítem da balança comercial do estado do Rio de Janeiro, o petróleo perdeu participação no total exportado pelo estado no comparativo entre 2004 e 2005. Em julho do ano passado, a exportação de extratos minerais, no qual se inclui o petróleo, representava 41,7% do total exportado pelo Rio durante os 12 meses de referência (de julho a julho). Na comparação com 2005, este percentual é de 33,7%.
Na avaliação da chefe de assessoria de pesquisas econômicas da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Luciana de Sá, a queda de participação do petróleo nas exportações estaduais é um dado positivo que reflete uma diversificação da pauta exportadora estadual.
No que se refere às importações, Luciana informa que a participação dos extratos minerais aumentou, de 31%, em julho de 2005, para 38%, em julho de 2005. No entanto, a economista destaca que este aumento pode ter sido impactado por uma distorção contábil observada nas estatísticas de junho e julho e pelo forte aumento dos preços esse mês.
Devido à distorção contábil mencionada por Luciana - que contabilizou parte do petróleo exportado em junho no mês de julho -, a exportação de petróleo e gás natural no mês subiu 245,5%, no entanto a economista ressalta que o valor real não é este, embora a Firjan não tenha acesso aos dados de cada indústria, apenas das estatíticas disponibilizadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nos útlimos 12 meses, a exportação do petróleo e do gás natural subiu 17,1%. A exportação de gasolina aumentou 44,9% no acumulado dos últimos 12 meses. A importações de petróleo e gás natural aumentaram 46,9% no acumulado dos últimos 12 meses.
A metalurgia, outra forte indústria estadual, também sofreu redução de participação mas exportações, de 21,3%, em julho de 2004, para 14,9%, em julho de 2005.
Em compensação, as indústrias de material de transportes e mecânica aumentaram significativamente seus percentuais de exportação e importação no período. A alta mais expressiva foi a do material de transportes que saltou de 3,6% em 2004 para 19,3% em 2005, sempre de julho a julho. A importação subiu de 10% para 13%. "Esse aumento de importação pode ser referente a insumos para fabricação", analisa Luciana.
A assesoria de pesquisas econômicas, coordenada por Luciana Sá, publicou em agosto deste ano, o estudo "Produção Industrial e Exportações no Brasil e no Rio de Janeiro - Índice Firjan de Produção Exportada", segundo o qual o percentual de produção nacional exportada subiu de 13% em dezembro de 1996 até 24,3% no primeiro trimestre de 2005. No Rio de Janeiro, a produção exportada era de 6,7% em dezembro de 1996 e passou a 17,5% no primeiro trimestre de 2005. O Rio responde por cerca de 6% da balança comercial nacional.
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