Dow Jones Newswires, 17/05/2016
Os futuros de petróleo operam voláteis nos negócios da manhã, após atingirem novas máximas em vários meses durante a madrugada, à medida que alguns investidores realizam lucros na esteira dos fortes ganhos de ontem.
Às 8h17 (de Brasília), o WTI para junho negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subia 0,17%, a US$ 47,80 por barril, enquanto o Brent para julho caía 0,22% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 48,86 por barril. Na sessão anterior, o WTI e o Brent tiveram fortes ganhos de 3,3% e 2,4%, respectivamente, tocando os maiores patamares em quase sete meses.
Cortes na oferta de países como Canadá, Nigéria e Líbia têm ajudado a dar sustentação ao petróleo, mas a valorização de ontem e de mais cedo na madrugada favorece alguma realização de lucros, segundo Carsten Fritsch, analista do banco alemão Commerzbank.
Fritsch e outros analistas, porém, acreditam que a queda na produção do petróleo e um sentimento geral positivo nos mercados deverão continuar favorecendo a commodity, que logo poderá chegar a US$ 50 por barril. "A situação ainda é bastante altista", comentou Fritsch.
O maior suporte às cotações tem vindo da Nigéria e do Canadá.
Cálculos indicam que ataques à infraestrutura petrolífera nigeriana reduziu a produção diária local a cerca de 1 milhão de barris, de uma média de 1,2 milhão de barris em 2015.
Já no Canadá, a produção em região de areias betuminosas foi reduzida em quase 1 milhão de barris por dia devido a incêndios que tiveram início na semana passada. Cerca de 8 mil trabalhadores da indústria petrolífera da província canadense de Alberta foram retirados ontem da região, depois de 80 mil pessoas fugirem dos incêndios.
Segundo a Energy Aspects, as reduções na oferta deverão cortar a produção global de petróleo em 3,2 milhões de barris por dia em maio.
Hoje, os investidores vão ficar atentos a dados de inflação e do setor imobiliário dos EUA, nesta manhã, e à pesquisa semanal sobre estoques de petróleo da associação de refinarias conhecida como American Petroleum Institute (API), no fim da tarde.
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