Os contratos futuros de petróleo subiram modestamente, alcançando a máxima em três semanas, depois que a divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos mostraram um forte desempenho do setor de construção de casas e da produção industrial no país.
Os ganhos, no entanto, foram limitados pela expectativa em torno da divulgação do relatório semanal do American Petroleum Institute (API) com os níveis dos estoques comerciais de petróleo e derivados dos EUA, que estava prevista para ontem, após o fechamento do mercado. Os analistas esperam que o relatório aponte uma recuperação lenta da demanda por petróleo.
O contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em março, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou em alta de 0,42%, aos US$ 77,33 por barril. O preço mínimo durante o dia foi de US$ 76,53 e o máximo, de US$ 77,82 o barril, incluindo o pregão eletrônico.
Em Londres, o contrato futuro do petróleo tipo Brent com vencimento em abril avançou 1,44%, para US$ 76,27 por barril. A mínima foi de US$ 75,40 e a máxima de US$ 76,47.
O mercado de petróleo recebeu um estímulo no início da sessão, após o Departamento do Comércio dos EUA informar que o número de novas construções residenciais no país subiu em janeiro.
O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) também informou que a produção industrial cresceu. O dados se somaram à onda de otimismo com a economia mundial que levou os preços do petróleo a subirem cerca de 4% na véspera.
Os investidores foram encorajados nesse dia pela aparente disposição da União Europeia em ajudar a Grécia a reduzir seu déficit orçamentário. No entanto, como a dívida soberana continua a ser um risco para a Europa e a economia dos EUA se mantém em bases pouco firmes, o mercado de petróleo não está completamente pronto para desafiar elevações recentes acima de US$ 80 o barril, disse Matt Zeman, presidente de negociações da LaSalle Futures Group, sediado em Chicago.
"As pessoas estão pulando para dentro e começando a se arriscar mais nos mercados de commodities, mas não estão ainda pulando com os dois pés", acrescentou Zeman.