G1
O petróleo deverá atingir um preço médio recorde acima de 90 dólares neste ano, e cinco analistas agora apostam que o valor do barril poderá ter uma média de 100 dólares ou mais em 2008, de acordo com uma pesquisa atualizada da Reuters.
O Société Générale e o Deutsche Bank elevaram as suas previsões de preços na semana passada.
Refletindo as mudanças, a pesquisa mensal da Reuters com 29 analistas colocou a previsão média em 90,55 dólares por barril, contra 83,87 dólares no mês passado.
O banco alemão Landesbank Baden-Wuerttemberg estimou o preço no maior valor entre os entrevistados, em 107 dólares, enquanto a companhia Bernstein Research colocou o preço no mais baixo intervalo das previsões, em 72,50 dólares.
O Société Générale elevou a sua previsão para o petróleo dos EUA para uma média de 101,20 dólares no ano, ante 80,92 anteriormente.
O banco francês afirmou que a redução no ritmo da economia dos Estados Unidos, o maior consumidor mundial, teria pequeno impacto no preço do petróleo.
A instituição também afirmou que grande parte do crescimento da demanda global viria dos mercados emergentes, como China e Oriente Médio, e que o dinheiro de investidores continuará a entrar no mercado de petróleo.
"Nós antecipamos que mais recursos de investidores vão conduzir o petróleo e os preços dos produtos para novas máximas no segundo trimestre de 2008", afirmou o pesquisador Mike Wittner, do Société Générale.
"Prevemos uma média para o vencimento mais próximo do petróleo dos EUA em 107,50 dólares por barril no segundo trimestre de 2008, o que implica um novo recorde entre 115 e 120 dólares por barril."
O petróleo nos EUA subiu para mais de 100 dólares e atingiu um novo recorde acima de 111 dólares no início de março.
O Deutsche Bank citou riscos no lado da oferta como a principal razão para o aumento de preço esperado.
O banco agora prevê um média para o petróleo de 95,75 dólares em 2008 e de 102,50 para o próximo ano.
"Nossa atualização no preço do petróleo é toda baseada no risco da oferta", afirmou a instituição em comunicado, citando a recente redução das exportações do Iraque após a sabotagem de um oleoduto e a nacionalização de ativos de óleo na Venezuela, no ano passado.
A Reuters pesquisa os preços junto a analistas, consultorias e integrantes de governos.
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