Preços

Petróleo aproxima-se de US$ 41

Jornal do Commercio
15/07/2004 03:00
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Os contratos futuros de petróleo subiram forte e superaram por um momento a marca de US$ 41,00 o barril em Nova York (New York Mercantile Exchange-Nymex) pela primeira vez desde início de junho, impulsionados por temores relacionados a ataques terroristas em instalações de petróleo e pela inesperada queda dos estoques comerciais nos EUA. Em Londres (International Petroleum Exchange-IPE), os contratos futuros de petróleo Brent oscilaram em linha com os ganhos de Nova York.
Na Nymex, os contratos de petróleo para agosto fecharam em US$ 40,97 o barril, em alta de US$ 1,53 (+3,88%); a mínima foi de US$ 39,20 e a máxima de US$ 41,05. Na IPE, os contratos de petróleo Brent para agosto fecharam em US$ 38,54 o barril, em alta de US$ 1,85 (+5,04%); a mínima foi de US$ 36,60 e a máxima de US$ 38,58.
O catalisador do movimento de alta foram as notícias de que preocupações de segurança haviam forçados dois navios-tanque a se afastarem do terminal de exportação do Iraque e que o FBI havia emitido alerta separado sobre interesse de terroristas estrangeiros na infra-estrutura americana relacionada com energia. De acordo com brokers, esta semana um petroleiro sul-coreano recusou-se a embarcar petróleo no terminal de exportação de Basra, no sul do Iraque, por causa de preocupações relacionadas com ataques terroristas.
Embora o navio tenha sido substituído por outra embarcação, que estava disposta a embarcar, este foi o segundo caso em uma semana em que um petroleiro estrangeiro se recusa a embarcar no Iraque, disseram brokers.
Essa notícia foi seguida de outra sobre o mesmo tema, a revista Time trouxe uma reportagem dizendo que o FBI enviou um boletim reservado na semana passada para 18.000 unidades de forças policiais alertando que os ‘‘recentes ataques terroristas e incidentes ocorridos no exterior reforçam o interesse dos terroristas em alvos relacionados com a infra-estrutura de energia. Mais cedo, os participantes do mercado haviam ignorado os dados apontando um inesperado declínio nos estoques comerciais americanos na semana passada. Contudo, diante das novas preocupações de que ataques terroristas podem desestabilizar a oferta global de petróleo, os dados sobre os estoques ganharam uma nova leitura mais bullish (mercado em alta). ‘‘Com os estoques mundiais apertados, qualquer ameaça terrorista tem um impacto imediato sobre os preços’’, disse Phil Flynn, analista e trader da Alaron Trading em Chicago. ‘‘Os números sobre os estoques da manhã não proporcionaram nenhum tipo de colchão que nos deixasse mais confortáveis com a ameaça de ataques contra a indústria de petróleo’’, acrescentou.
O Departamento de Energia dos EUA (DOE) informou que os estoques de petróleo cru caíram em 2,1 milhões de barris na semana passada, para 302,9 milhões de barris, apesar das refinarias terem reduzido sua produção e as importações terem ampliado a marca recorde. Neste ano, os preços subiram 26% em um contexto de forte demanda em grandes consumidores, como Estados Unidos e China, que superou as previsões.
Os contratos para agosto do gasóleo de calefação, que durante parte da sessão caíram de preço, subiram 0,0323 dólar, para 1,0917 dólar o galão.

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