Petróleo

Petrobras vê mais importação de derivados até inaugurar refinarias

Reuters
27/07/2011 13:50
Visualizações: 320 (0) (0) (0) (0)
As importações de derivados de petróleo pela Petrobras deverão crescer quase 10% em 2011, na comparação com 2010, indicando o que pode acontecer nos próximos anos diante da demanda crescente do mercado interno enquanto as refinarias planejadas pela estatal não entram em operação.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, as importações de derivados de petróleo vão crescer de 299 mil barris diários em 2010 para 328 mil barris/dia em 2011.

"Importação depende da demanda... se a demanda crescer, tem que alguém importar", afirmou Gabrielli durante apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período 2011-2015.

"Nós temos um estrangulamento físico na capacidade de crescer a produção de gasolina, porque o parque de refino está no limite da capacidade", complementou.

Este mês, a Petrobras informou ter elevado a produção de gasolina em pouco mais de 10% ante o mesmo mês do ano passado, otimizando operações nas refinarias.

Mas esse ganho de produção tem limites para atender ao forte consumo, ainda mais agora que a produção de etanol está projetada para cair no país neste ano - o consumidor que encontra o álcool hidratado mais caro na bomba opta pela gasolina.

Gabrielli informou que a empresa sempre olha um mês adiante no que se refere a abastecimento, e por isso não há chance de faltar o combustível fóssil.

"Leva 30, 40 dias para entrar um navio aqui (com a gasolina importada)", comentou, admitindo, entretanto, que a importação acarreta maiores custos logísticos para a empresa.

Déficit

Ele disse também durante evento no Rio que, sem as novas refinarias planejadas pela companhia, o déficit de oferta de derivados no Brasil subiria de 5% atualmente para 40% em 2020.

Por isso, a Petrobras vai construir mais quatro refinarias após décadas sem novas unidades, que vão elevar o atual parque de refino de 1,8 milhão de barris/dia para 3,2 milhões de b/d em 2020.

A demanda de petróleo brasileira projetada em 2020 seria de 3 a 3,3 milhões de b/d, dependendo do cenário.

A previsão é de que até 2015 entre em operação a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Comperj e as outras devem operar até 2019.

Preços

O presidente da Petrobras voltou a afirmar que "em algum momento" a estatal vai reajustar os combustíveis cujos preços são controlados - gasolina, diesel e GLP -, mas que não há como prever quando isso será feito.

O último aumento da gasolina e do diesel foi em maio de 2008 e, do GLP, em janeiro de 2010.

"Desde 2003 nós viemos acompanhando o preço internacional no longo prazo e continuaremos acompanhando no longo prazo", afirmou o executivo, que só praticará o ajuste quando o preço do petróleo se estabilizar.

Nas últimas semanas o petróleo, tanto o Brent como o negociado em Nova York (Nymex), tem oscilado entre pequenas altas e baixas em torno dos 118 e 100 dólares, respectivamente.

As afirmações foram feitas durante e após a apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período 2011-2015 a investidores e representantes da indústria. O empresa prevê investir 224,7 bilhões de dólares em cinco anos.

Desinvestimento

Pela primeira vez, o plano da companhia foi atrelado a desinvestimentos, da ordem de 13,6 bilhões de dólares, mas os ativos que serão alienados ainda não foram anunciados.

Gabrielli descartou, porém, qualquer alienação na cobiçada área do pré-sal.

"Vamos vender alguns ativos que tenham valor, outros de boa expectativa exploratória, o pré-sal não está nessa história", respondeu a jornalistas antes de seguir para São Paulo onde fará uma nova apresentação do plano hoje (27).
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Reconhecimento
Supergasbras conquista Selo Ouro no Programa Brasileiro ...
03/09/25
Minas Gerais
Com investimento de R$ 314 milhões, centro pioneiro em p...
03/09/25
Copel
Presidente da EPE apresenta visão de futuro do setor elé...
03/09/25
Firjan
Indústria brasileira acumula quatro meses sem cresciment...
03/09/25
Firjan
Junto com a CNI, Firjan inicia missão empresarial nos EU...
03/09/25
Seminário
PPSA destaca potencial de upsides nas áreas que serão le...
02/09/25
Apoio Offshore
Posidonia incorpora PSV Posidonia Lion, sua primeira emb...
02/09/25
Brasil
ETANOL/CEPEA: Menor oferta sustenta preços em agosto pel...
02/09/25
Meio Ambiente
Brasol reduz emissões de GEEs em 72% e atinge marca de 7...
01/09/25
Combustível
Etanol anidro e hidratado registram alta na última seman...
01/09/25
Reconhecimento
Pesquisadora do Mackenzie conquista Prêmio Inventor Petr...
29/08/25
Combustíveis
IBP e FIESP debatem descarbonização da indústria rumo à ...
29/08/25
Etanol
Asprovac, afiliada da ORPLANA, passa a ter representação...
29/08/25
Royalties
Valores referentes à produção de junho para contratos de...
29/08/25
Gás Natural
BRAVA anuncia novo modal para venda de gás na Bahia
28/08/25
Combustíveis
ANP participa da operação Carbono Oculto, para coibir ir...
28/08/25
IBP
Posicionamento - Operações representam passo fundamental...
28/08/25
Subsea
OneSubsea entrega primeira árvore de natal molhada de Bú...
28/08/25
Offshore
MODEC firma parceria para desenvolver tecnologia inédita...
28/08/25
Energia Elétrica
Bandeira vermelha eleva custo da energia, mas associados...
27/08/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
IBP debate investimentos em infraestrutura e logística n...
27/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23