Mercado

Petrobras pode baixar preços dos combustíveis

Gazeta Mercantil
20/03/2009 07:22
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Dois fatores poderão levar a Petrobras e reduzir os preços de derivados como gasolina e diesel no Brasil, além de uma acomodação das cotações do petróleo. O gerente de relações com investidores da empresa, Helder Leite, disse quarta-feira à noite em Porto Alegre, durante evento para apresentação dos resultados do quarto trimestre organizado pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-Sul), que questões de mercado e uma possível pressão da sociedade poderiam levar a estatal brasileira a baixar os preços no mercado interno.

 

Como fator do mercado, Leite citou a hipótese de algum concorrente importar a preços inferiores aos praticados pela estatal, o que forçaria a Petrobras a acompanhar o movimento.

 

“O mercado é livre. Pode ter algum momento no futuro de alguém trazer diesel do Caribe”, exemplificou Leite, completando que nesta hipótese a Petrobras seria obrigada a acompanhar o movimento e reduzir os preços.

 

“Outra coisa é a sociedade reclamar muito. Aí deveria acontecer”, afirmou Leite, citando um possível sentimento de que a petrolífera brasileira estaria “abusando” ao praticar preços acima dos internacionais.

 

O gerente lembrou ainda que, por um longo período de alta do petróleo, a Petrobras segurou os preços e, assim como atrasou um reajuste para não acompanhar a alta volatilidade na época da disparada, permanece prudente aguardando uma estabilização para “tentar repassar o preço de forma suave”.

 

Leite reforça que a tendência de repasses é de médio a longo prazos e dá a entender que a Petrobras acredita numa reação das cotações nos próximos meses. Cita fatores como possíveis novos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a chegada do verão no Hemisfério Norte, o que poderia elevar o consumo de gasolina principalmente nos Estados Unidos.

 

No mercado interno, poderia favorecer a manutenção dos patamares atuais inexistência de pressão dos preços dos derivados na inflação. “E se o barril chegar a US$ 75, não precisa mexer nos preços”, disse Leite, referindo-se neste caso a um equilíbrio entre os preços internos e externos dos derivados.
De acordo com a empresa, apenas em meados do último trimestre do ano passado, pela queda das cotações do petróleo, a Petrobras conseguiu ter preços alinhados com os internacionais. A Petrobras encerrou o ano com um Preço Médio de Realização (PMR) de R$ 176,48 o barril (bbl), contra US$ 162,23 nos EUA.

 

Refinaria Premium

 

Leite também tentou minimizar as recentes notícias sobre negociações com o grupo japonês Marubeni, que estaria interessada em bancar sozinha a refinaria Premium que a estatal planeja erguer no Maranhão. “É apenas um memorando de entendimento dizendo que as partes vão sentar e discutir o assunto. Não tem nada de concreto. A Petrobras tem dezenas ou centenas de memorandos de entendimento”, disse Leite, acrescentando que o mesmo vale para as notícias de que o governo chinês poderá ajudar a financiar a exploração do pré-sal. Segundo ele, o que tem acontecido é um crescente interesse de empresas asiáticas no desenvolvimento de projetos com a Petrobras. “A Ásia tem uma economia dinâmica, mas é dependente na parte energética. E nesse sentido, somos privilegiados”, afirmou.

 

Projetando os resultados do primeiro trimestre, Leite admitiu a possibilidade de melhores margens em função de uma série de itens extraordinários que afetaram a companhia no final do passado. A Petrobras reportou lucro operacional de R$ 5 bilhões nos três últimos meses do ano passado, mas o número saltaria para R$ 10,7 bilhões caso fossem excluídos eventos não-recorrentes como desvalorização de estoques e efeitos de giro dos estoques, causados pela queda brusca dos preços do petróleo. “Há uma tendência, mas não posso afirmar”, disse Leite.

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