Impostos

Petrobras perde mais de R$ 3 bi em causa administrativa

Valor Econômico
01/03/2005 03:00
Visualizações: 305 (0) (0) (0) (0)

O Conselho de Contribuintes condenou a Petrobras a pagar uma dívida que excede os R$ 3 bilhões à Fazenda Nacional por não ter retido imposto de renda ao pagar o aluguel de plataformas petrolíferas, feito no exterior, entre os anos de 1999 e 2002. Como a decisão é administrativa, a Petrobras ainda poderá contestar a autuação aplicada pelo Fisco na esfera judicial.
Quando uma questão fica definida no Conselho, o próximo passo da Fazenda é inscrever a empresa na dívida ativa da União e em seguida executar judicialmente a dívida fiscal. Antes de ser executada, entretanto, a Petrobras poderá percorrer alguns caminhos. A primeira tentativa pode ser provar divergência de decisões e levar o caso para a Câmara Superior de Recursos Fiscais. Esta tentativa é permitida porque a decisão da 6ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, que julgou o caso, não foi unânime. Houve um empate de quatro a quatro e o presidente da Câmara foi quem decidiu a questão.
Alguns tributaristas, entretanto, dizem ser muito difícil que a empresa consiga sucesso na empreitada porque trata-se de um caso inédito e portanto não há decisões em outras câmaras que poderiam gerar a divergência. Restariam duas alternativas: aceitar a autuação e pagá-la ou recorrer à Justiça e por meio de uma liminar evitar a execução até uma decisão final.
A Petrobras informou que ainda há duas instâncias internas na Receita às quais pode recorrer. Segundo a estatal, não há provisões no balanço para a multa já que seus advogados avaliam que são boas as chances de uma decisão favorável. As provisões, afirma a empresa, são feitas apenas quando a expectativa de perda é "provável" e, neste caso, a classificação foi "possível".
A divergência entre o Fisco e a Petrobras recai sobre o conceito de plataforma petrolífera. Se a plataforma for considerada uma embarcação marítima, como alega a Petrobras, a empresa pode se beneficiar da alíquota zero de IR, estabelecida pela Lei nº 9.481/97. A lei diz que fica reduzido a zero a alíquota sobre receitas de fretes, afretamentos, aluguéis ou arrendamentos de embarcações marítimas ou fluviais ou de aeronaves estrangeiras. A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional sustenta, entretanto, que a Lei marítima estabelece diferença entre plataforma e embarcação marítima - esta última estaria voltada para o transporte de cargas e pessoas. Além disso, a procuradoria diz que a autuação não está fundamentada somente neste argumento, mas também no fato gerador, que é a remessa de recursos para o exterior.
No processo constam que a autuação, em seu valor integral, excede os R$ 3 bilhões. De acordo com o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, esta seria a maior autuação desde os quase R$ 2,5 bilhões aplicados no Banespa, na época sob intervenção, pelo não recolhimento de IR em seus planos de previdência. 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Eólica Offshore
Posicionamento IBP - Aprovação do PL de Eólicas Offshore
16/12/24
Etanol
Hidratado volta a cair e anidro fecha valorizado na semana
16/12/24
Energia Eólica
Aprovação do Projeto de Lei 576/2021: Eólicas Offshore n...
13/12/24
Energia Elétrica
ENEL lança edital de chamada pública e libera R$ 59,5 mi...
13/12/24
Oportunidade
Subsea7 abre Programa de Estágio 2025 para diversas áreas
13/12/24
Energia Elétrica
Eletrobras conclui instalação de polos do Innovation Gri...
12/12/24
Hidrogênio Verde
Parceria entre SENAI CIMATEC e Galp viabiliza primeira p...
12/12/24
Petrobras
Novos contratos para construção e afretamento de 12 emba...
12/12/24
Etanol
Lei que regulamenta mercado de carbono no Brasil é sanci...
12/12/24
Termelétrica
Eneva conclui aquisição de usina Gera Maranhão
12/12/24
Sustentabilidade
Ambipar e USP inauguram Centro de Pesquisa e Inovação em...
12/12/24
Apoio Offshore
Omni Táxi Aéreo renova contrato com a TotalEnergies
12/12/24
Avaliação
Brasil ocupa 46ª posição em ranking de competitividade d...
12/12/24
Drilling
Foresea realiza primeira operação de perfuração de poço ...
11/12/24
Transição Energética
Senado aprova programa de incentivo a fontes renováveis
11/12/24
Rio Grande do Norte
Diretor do SENAI-RN aponta oportunidades da transição en...
10/12/24
Oferta Permanente
CNPE aprova inclusão de sete blocos na Oferta Permanente...
10/12/24
Rio de Janeiro
Petrobras, IBP, SINAVAL e ABEEMAR promovem rodada de neg...
10/12/24
Oportunidade
Programa Autonomia e Renda Petrobras abre mais 12,7 mil ...
10/12/24
Indústria Naval
CNPE define índice mínimo de 50% de conteúdo local para ...
10/12/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Mossoró Oil & Gas 2024 gera R$ 43 milhões em negócios
09/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21