Resultados

Petrobras obtém lucro de US$ 12,8 bi em 2006

A Petrobras informa que obteve lucro de US$12,8 bilhões em 2006, cifra 23,4% superior ao lucro de 2005. Por outro lado, custos operacionais de E&P aumentaram cerca de 15%, sem contar participações governamentais. Os custos de refino também aumentaram.

Redação
10/04/2007 00:00
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A Petrobras divulgou,nesta segunda-feira (09/04) à noite, os resultados de 2006. A companhia obteve lucro líquido recorde de US$ 12,8 bilhões, um aumento de 23,4% em relação ao lucro do ano anterior, de US$ 10,3 bilhões. O lucro do quarto trimestre foi de US$ 2,8 bilhões.

Entre as atividades operacionais que permitiram a lucratividade, a Petrobras destaca o setor de Exploração e Produção de óleo e LGN, que aumentou em 5,6% sua produção nacional para 1,78 milhão de barris por dia em média em 2006 contra 1,69 milhão de barris por dia em média em 2005.

Internacionalmente, a Petrobras reduziu sua produção em 20,2%, principalmente em função da diminuição de participação nas operações na Venezuela, pela conversão dos acordos operacionais a uma modalidade de empresa mista, na qual a PDVSA, estatal venezuelana, passa a ter participação majoritária nos empreendimentos locais.

A produção de gás natural se manteve relativamente constante tanto nacional quanto internacionalmente. A empresa produduziu 1,656 bilhão de pés cúbicos por dia em 2006 no Brasil e 588 bilhões de pés cúbicos por dia no exterior.

Apesar os aumento de produção e dos resultados positivos, a Petrobras informa que houve aumento nos custos operacionais. No Brasil, incluindo royalties e pagamentos de participações especiais, o aumento de custo chegou a 19,%, a um valor de US$ 17,64 por barris de óleo equivalente. Excluindo estas participações, o custo operacional nacional cresceu 15% para U.S.$ 6,59 por boe, comparado a U.S.$ 5,73 por barril de óleo equivalente em 2005. No exterior, o aumento foi de 15,9% e valor de extração passou de US$ 2,9 por boe para US$ 3,36 por boe.

Segundo informa a Petrobras os principais motivos para o aumento do custo operacional é devido ao aumento das tarifas para aluguel de sondas, a apreciação de 10,7% do real frente ao dólar, mais gastos em manutenção e intervenção em postos, reajuste salarial e custos iniciais mais elevados das plataformas FPSO-Capixaba e P-34, que tendem a ser reduzidos conforme a produção aumente, segundo explica a Petrobras no informe divulgado.

Na área de abastecimento, houve um pequeno aumento da capaciade de processamento nacional (0,6%) e uma elevação significativa internacionalmente (23,1%) em decorrência da aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) e na incremento de produção da refinaria de San Lorenzo, na Argentina.

Os custos do refino, entretanto, aumentaram significativamente em ambos ambientes. No Brasil, os investimentos para adaptar as refinarias ao petróleo pesado representaram um aumento de custos de refino de 20,3% e no exterior, esse aumento foi de 33,1%, principalmente em função da aquisição da refinaria de Pasadena. Sem esse negócio, afirma a Petrobras, o aumento de custos seria 16%.

A companhia também podera que estes aumentos foram parcialmente compensados pela valorização do real (10,7%), que faz com que os gastos em moeda nacional aumentem quando expresssos em moeda estrangeira.

O volume de vendas da Petrobras aumentou 3,4% para 1,964 milhão de barris por dia em 2006 contra 1,9 milhão de barris por dia em 2005. As principais razões para o aumento de vendas nacionais são a redução do álcool na gasolina e a perda de competitividade do álcool em relação à gasolina, o aumento da frota automotiva, a substituição do óleo combustível pelo gás natural na indústria e o aumento do consumo de nafta nacional pelas petroquímicas brasileiras.
 
O volume de vendas no mercado internacional cresceu 19,4% para 1,084 milhão barris por dia, em 2006, comparado a 908 mil barris por dia, em 2005, principalmente devido aos incrementos das operações de offshore, que objetivaram capturar oportunidades comerciais no exterior, e da inclusão das vendas efetuadas pelas empresas que adquirimos em 2006.

"Estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução das vendas na Venezuela, devido à conversão dos acordos operacionais a uma modalidade de empresa mista anteriormente mencionados; pelo declínio da produção dos campos maduros em Angola; e pelo fechamento dos nossos principais campos no Golfo do México, após a passagem dos furacões Rita e Katrina", publica a Petrobras em seu informe.

A Petrobras acrescenta, ainda, que as reservas provadas da companhia no Brasil e no exterior, estimadas pela nossa administração de acordo com a norma 4-10 do Regulamento S-X das normas e regulamentações da U.S. Securities and Exchange Commission (“SEC”), totalizaram 11,5 bilhões e 11,8 bilhões de barris de óleo equivalente em 2006 e 2005, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2006, a relação entre as nossas reservas provadas e a produção alcançou 14,5 anos.

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