A Petrobras está negociando com a Exxon a contratação da sonda de perfuração West Polaris, que finaliza um trabalho para a multinacional na área do pré-sal da Bacia de Santos. A informação foi dada ontem pelo gerente executivo do pré-sal da companhia, José Formigli. Segundo ele, a iniciativa faz parte da estratégia de ampliar o número de sondas com capacidade para perfurar nas altas profundidades do pré-sal, garantindo o cumprimento do cronograma de poços na área.
Nesse sentido, a companhia já negocia também a contratação de pelo menos mais uma sonda no exterior para início das atividades no curto prazo. No caso da West Polaris, disse Formigli, a ideia é manter a unidade no País por "mais alguns meses", deslocando-a para concessões do pré-sal operadas pela estatal. A sonda foi usada pela Exxon para perfurar dois poços no BM-S-22, única concessão das águas ultraprofundas de Santos não operada pela Petrobras. O segundo poço foi concluído recentemente, ainda sem confirmação de que tenha atingido qualquer reservatório de petróleo e gás.
A parceria com empresas sócias no pré-sal já garantiu à Petrobras a utilização da sonda Stena Drill Max, que está contratada pela Repsol e hoje trabalha em um poço no BM-S-9, onde estão as descobertas de Guará e Carioca. Formigli já havia anunciado um esquema emergencial de encomendas de sondas para o pré-sal, uma vez que a Petrobras não obteve sucesso em um pedido de prorrogação de prazo exploratório junto à Agência Nacional do Petróleo.
Além de buscar ajuda com os parceiros, a empresa está sondando o mercado externo em busca de sondas disponíveis. Segundo o executivo, já há negociações em curso. Ele não quis, porém, informar o número de sondas em negociação.