Presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade (foto), destaca desenvolvimento de nova geração de combustíveis sustentáveis, uma das principais frentes de descarbonização da companhia
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasA Petrobras investirá US$ 2,8 bilhões em iniciativas para redução de emissões de carbono em suas operações, nos próximos cinco anos, em linha com sua estratégia de viabilizar uma transição energética segura e inclusiva. Desse total, um volume de US$ 248 milhões será destinado a um fundo de descarbonização especialmente criado pela companhia para desenvolver tecnologias e soluções de baixo carbono. Esses foram alguns dos destaques da fala do presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, por meio de depoimento em vídeo, durante a cerimônia de abertura da Rio Oil & Gas, no auditório do Museu do Amanhã, nesta segunda-feira (26/9).
“Trabalhamos sem descanso para neutralizar as emissões operacionais em prazo compatível com o estabelecido pelo Acordo de Paris. Temos um caminho muito claro para cumprir essa meta: estamos priorizando nossos investimentos em descarbonização e o desenvolvimento de bioprodutos”, disse Andrade. Nesse segmento, o presidente ressaltou que a Petrobras está iniciando a produção de uma nova geração de combustíveis, mais modernos e sustentáveis que os atuais, como o diesel renovável e o bioquerosene de aviação.
Os diretores da Petrobras Rafael Chaves (Relacionamento Institucional e Sustentabilidade) e Fernando Borges (Exploração e Produção – E&P) também participaram da solenidade, que contou ainda com a presença dos ministros de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite; do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, entre outros convidados.
Desafio da neutralizar emissões de carbono
No painel "Novas tecnologias para o pré-sal: avanços recentes e como a tecnologia pode ajudar na geração de valor", a gerente executiva do Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes), Maiza Goulart, destacou que o petróleo do pré-sal é um dos mais descarbonizados da indústria. “A Petrobras alcançou, em dezembro de 2021, a reinjeção de cerca de 30 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios do pré-sal, evitando sua ventilação para a atmosfera. A projeção é que, até 2025, sejam reinjetados 40 milhões de toneladas de CO2. É o maior projeto de tecnologia de Carbon Capture, Usage and Storage – o chamado CCUS – do mundo em águas profundas”, disse ela.
Além disso, Maíza ressaltou que a tendência futura da indústria é priorizar projetos duplamente resilientes, conciliando cenários de baixos preços de petróleo e redução de emissões. “Para isso, temos buscado desenvolver mais tecnologias que incorporam eficiência de custo com sustentabilidade, como o All Eletric, flare fechado, separação de gás submarino, entre outras”, acrescentou Maiza.
Indústria de O&G como viabilizadora da transição energética
Na sessão “As novas fronteiras exploratórias e os grandes projetos de desenvolvimento da produção para suporte a uma transição energética segura”, o Diretor de E&P da Petrobras, Fernando Borges, destacou a relevância do setor de petróleo para tornar possível a transição para uma economia global de baixo carbono. “O papel da indústria de óleo e gás não é de passagem, mas de viabilizador da transição energética segura. Se mudarmos a abordagem, a forma de fazer a exploração e produção de óleo e gás, a indústria de petróleo será parte da solução para a energia de baixo carbono”, disse ele.
Borges salientou também que as atividades de E&P orientadas por dados ampliam expressivamente a geração de valor dos projetos, reduzindo as incertezas, otimizando custos, além de aumentar sua eficiência e acelerar resultados. “A nossa nova abordagem na exploração e produção é baseada na nossa principal vantagem competitiva: o nosso conhecimento aprimorado pela transformação digital, inovação e processamento orientado por dados. (...) Criamos o conceito de uma nova geração de campos offshore, que vão incorporar as mais avançadas tecnologias disruptivas, impactando a nossa curva de valor”, frisou ele.
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