Projeto ampliará conhecimento sobre toda costa brasileira, em especial a Margem Equatorial e o extremo sul do país, e qualificará tecnologias inéditas.
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasNa foto: Vice-Almirante Marco Antônio Linhares, da Diretoria de Hidrografia e Navegação, e a gerente executiva do Centro de Pesquisas da Petrobras, Lilian Melo.
A Petrobras assinou Termo de Cooperação (TC) com a Marinha, no valor de R$100 milhões, para expansão da Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (REMO). Entre os objetivos estão reduzir o custo de monitoramento por boias - tradicionalmente usadas para coletar dados -, expandir o monitoramento da costa brasileira, da Bacia de Pelotas, na região Sul, até a Margem Equatorial, contribuir para ampliar o conhecimento sobre o extenso litoral brasileiro, além de qualificar o uso de veículos autônomos de superfície e subsuperfície. A duração do TC é de cinco anos.
A Margem Equatorial, área que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada a nova e mais promissora fronteira exploratória em água profundas. “A cooperação beneficia não só a Petrobras mas todo o País. Temos um enorme litoral que precisa ser monitorado e também compartilhamos dados com a academia, o que contribui para ampliar o conhecimento sobre nossa costa e para o desenvolvimento de tecnologia nacional”, avalia a diretora de Engenharia e Tecnologia da Petrobras, Renata Baruzzi.
Um dos objetivos do Termo de Cooperação é qualificar e licenciar o uso de veículos autônomos de superfície, não tripulados e não operados continuamente, como o SailBuoy e o glider. O SailBuoy é uma espécie de mini-veleiro, controlado via satélite, com operação ininterrupta mantida por baterias carregadas por módulos fotovoltaicos. Esse equipamento também monitora dados meteoceanográficos, com a vantagem de resistir ao mau tempo, que pode impedir a operação segura de um navio. O glider é um veículo autônomo de subsuperfície, como um torpedo, que atinge até mil metros de profundidade e é usado para monitoramento amplo dos oceanos.
Enquanto as boias fazem medições localizadas, os veículos permitem medições mais abrangentes e são usados, por exemplo, para detecção de óleo, medição de correntes, temperatura, salinidade e concentração de oxigênio. Além de mais resistentes às intempéries, a operação com esses veículos robóticos custa cerca de 10% do que se gastaria com a mesma atividade em uma embarcação.
Os dados gerados serão compartilhados com a comunidade científica, por meio de programas como o Programa Nacional de Boias (PNBOIA), que busca implementar a coleta de dados meteorológicos e oceanográficos ao longo da costa brasileira. Associado a esse projeto a Petrobras participa de outros Termos de Cooperação que permitem a academia aumentar os conhecimentos sobre os fenômenos meteoceanográficos como o Programa Antártico Brasileiro (Proantar); o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira e o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac).
“As medições e avaliações trazem novos dados sobre o comportamento do oceano e aumentam a segurança das operações, contribuindo para segurança ambiental. Além disso, os investimentos da Petrobras em produção e disponibilização de dados meteoceanográficos podem beneficiar atividades como: transporte marítimo, gestão ambiental e planejamento costeiro”, lembra Baruzzi.
Fale Conosco
13