A Petrobras informa que começa esta semana a operação de lançamento e travessia de dutos no Rio Negro, numa nova etapa da construção do gasoduto Urucu-Manaus. O trecho ligará a capital amazonense ao município de Iranduba, ponto final dos 652 quilômetros de dutos vindos da base de extração
PetrobrasDessa forma, o gás de Urucu poderá chegar diretamente a Manaus. A previsão é de que essa etapa de implantação do gasoduto seja concluída em julho. Os trabalhos, que de acordo com a estatal têm licenciamento do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) e aprovação da Marinha do Brasil, serão executados em dois trechos.
O primeiro - de aproximadamente dez quilômetros - chamado de Linha de 20 polegadas, ligará a Ilha do Marapatá, no Distrito de Cacau Pirêra à Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus. O segundo - de cerca de seis quilômetros - chamado de Linha de 14 polegadas - partirá da Olaria Rio Negro (a três quilômetros do Porto de Cacau Pirêra) à Usina Termelétrica de Aparecida. Durante a operação, a navegação no Rio Negro sofrerá alguns desvios, todos orientados pela Capitania dos Portos de Manaus.
A travessia e o lançamento dos dutos serão realizados por um equipamento especial chamado Balsa Guindaste Lançamento 1(BGL-1), que está em Manaus desde o fim de semana. A embarcação de 121,92 metros de comprimento, 30 metros de largura e guindaste principal (Clyde) com capacidade de até 1.000 toneladas, trabalhará 24 horas por dia, montando e lançando os dutos. A balsa se movimenta como uma "aranha", utilizando pontos de ancoragem e cabos de aço durante o arraste flutuante da tubulação.
Todas as fases da obra do gasoduto Urucu-Manaus são realizadas com os cuidados necessários à preservação do meio ambiente, garante a Petrobras. Antes de embarcar na BGL-1, os tubos do gasoduto são cobertos com concreto e com uma camada protetora de polietileno para não sofrerem corrosão. Nas partes do leito onde a vazante é mais forte e durante a seca há predominância de praias, a tubulação passará por baixo da terra.
Navegação no Rio Negro durante a operação
Em nenhuma etapa haverá interrupção total da navegação no Rio Negro, apenas interferências parciais. Uma equipe formada pela Capitania dos Portos e pela Petrobras fará a orientação dos barcos que navegarem pela região, indicando os desvios e garantindo a segurança de todos. Serão cinco voadeiras, posicionadas dentro da área de restrição, uma lancha da Capitania dos Portos, uma lancha com capacidade para 50 pessoas e uma ambulância.
As zonas de interferência serão sinalizadas dia e noite e contarão com as voadeiras para abordagem e aviso aos navegantes. Além disso, desde a última semana, instruções de segurança e alertas de navegação vêm sendo veiculados nas rádios da região e nos sistemas de som dos portos. Parte de um trabalho de conscientização também se estenderá por toda a operação e que começou no fim de abril, com a realização de palestras para as comunidades sobre a obra e as mudanças na utilização do rio durante a ação. Os postos flutuantes continuarão sendo abastecidos normalmente. As embarcações poderão acessá-los navegando entre a margem esquerda do Rio Negro e a Ilha de Marapatá.
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