Encontro reuniu fornecedores nacionais e internacionais com foco em oportunidades para construção de FPSOs.
Redação TN Petróleo/Assessoria FirjanPara acelerar as encomendas de FPSOs, especialmente as que já estão com licitações abertas, a Petrobras, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL) e a Associação Brasileira das Empresas de Economia do Mar (ABEEMAR) promoveram um encontro com cerca de cem fornecedores nacionais e internacionais nesta terça-feira (10). O evento FPSO Supply Connections Brazil Offshore - Roundtable Business Meeting foi realizado no auditório da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, onde ocorreu uma rodada de negócios entre estaleiros, fornecedores de máquinas e equipamentos e empresas operadoras de FPSOs.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que abriu o evento, destacou os investimentos da companhia previstos em seu Plano de Negócios 2025-2029 e as oportunidades para o mercado offshore. "Nos próximos anos, planejamos contratar 11 FPSOs, cerca de 30 novas sondas, além de aproximadamente 90 embarcações submarinas para dar suporte às nossas operações de exploração e produção", informou.
Dentre as oportunidades abertas pela Petrobras, destacam-se a licitação para as plataformas dos projetos de Sergipe Águas Profundas (SEAP), que prevê a contratação de uma unidade firme destinada ao SEAP 2, com previsão de operação em 2030, e a opção de compra de um segundo FPSO similar, para o SEAP 1, seguindo o modelo "BOT", onde a empresa contratada constrói a unidade e a opera por um período curto, transferindo-a posteriormente para operação da Petrobras, e a licitação para contratação de uma nova plataforma própria, a P-86, para o projeto de revitalização dos Campos de Marlim Sul e Marlim Leste. Os dois projetos preveem parcelas relevantes de conteúdo local.
A expectativa da Petrobras é que 200 mil toneladas de módulos sejam executados em estaleiros brasileiros para as plataformas previstas no PN 25-29 que já estão em fase de implantação.
Na abertura do evento, Roberto Ardenghy, presidente do IBP, destacou a importância do segmento naval para a indústria de óleo e gás e o papel do setor para o desenvolvimento socioeconômico do país. "O petróleo vai assumir este ano a liderança da balança comercial brasileira. Fecharemos 2024 com US$ 50 bilhões em exportação e 95 milhões de toneladas de petróleo comercializadas para o exterior pelo Brasil, gerando um superavit relevante para a economia nacional. A nossa indústria destinará este ano R$ 250 bilhões em impostos nos níveis federal, estadual e municipal, contribuindo para as contas públicas", destacou o presidente do IBP. "No Rio de Janeiro, o setor responde por 43% do PIB industrial, o que consolida ainda mais o estado como o grande produtor de petróleo do país", completou Ardenghy.
Segundo o presidente do SINAVAL, é cada vez mais importante que os fornecimentos à Indústria de Óleo e Gás no Brasil voltem a ser realizados – ou tenham uma relevância maior – por empresas brasileiras capazes de gerar novos empregos de qualidade, somando-se às realizações da Petrobras e das oil companies suas parceiras no desenvolvimento econômico e tecnológico do País. "Um evento como este contribuirá muito para que alcancemos nossos objetivos primordiais de retomada plena de nossas atividades em bases sustentáveis e perenes, alicerçadas em políticas de Estado para que não haja dependência das políticas eventuais de governos específicos", disse Ariovaldo Rocha.
Para a ABEEMAR, o evento é um marco e uma grande conquista para o mercado. "Eventos como o FPSO Connections são fundamentais para fortalecer o setor, promovendo a aproximação entre os principais players e criando um espaço para discutir e superar desafios de forma sustentável ao longo dos anos. Esperamos continuar promovendo iniciativas desse porte em parceria com o SINAVAL, IBP e Petrobras, consolidando uma agenda sólida e estratégica para o futuro da indústria", ressalta João Azeredo, presidente da associação.
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