Mercado

Petrobras garante crédito a fornecedores

Folha de S. Paulo
06/04/2011 09:31
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Fornecedores da Petrobras estão usando contratos com a estatal para obter crédito para suas operações. Os pagamentos futuros estipulados nos contratos dão o lastro para os empréstimos.


Segundo a estatal, a modalidade tem potencial para movimentar entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões a partir de 2013 e deve abranger os 20 mil fornecedores de suprimento da estatal.


Criado em setembro de 2010, o projeto está em fase de testes. A iniciativa é uma parceria com os seis maiores bancos do país.


Em vez de garantias tradicionais para as operações, os bancos aceitam os contratos dos tomadores de empréstimo com a Petrobras.


Nessa primeira etapa, 20 empresas foram escolhidas para testar todo o processo e seis financiamentos já foram fechados. Os valores não são divulgados pela Petrobras.


Uma delas é a gaúcha Lupatech, fabricante de válvulas e equipamentos para o setor de petróleo e gás.


Com um contrato de R$ 1,45 bilhão fechado com a estatal no ano passado, a companhia obteve dois financiamentos, que somam R$ 120 milhões.
 
 
A taxa gira em torno de 3,2% ao ano mais CDI (taxa de empréstimo entre os bancos, que espelha a Selic).


O gerente de finanças da Petrobras, João Carlos Medeiros Ferraz, que coordena o programa, diz que o custo financeiro dos empréstimos caiu em torno de 30% em relação a financiamentos feitos pelos fornecedores usando garantias tradicionais.


A explicação para a redução é que o lastro nos contratos reduz o risco de inadimplência, segundo a estatal.
 
GARGALOS


Especialistas do setor afirmam que, se a tendência se concretizar, o modelo pode eliminar um dos gargalos da cadeia de petróleo e gás no país, que é a dificuldade dos fornecedores de obter crédito rápido e competitivo.


"Ajuda as empresas a obter capital e crescer no ritmo que precisam para atender a demanda", diz Tiago Oliveira, diretor de relações com os investidores da Lupatech.


A demanda na cadeia de fornecedores da Petrobras está em alta por causa do cenário de crescimento dos investimentos para a exploração da camada pré-sal.


Outro fator é a regra da ANP (Agência Nacional do Petróleo) que fixa em 65% o conteúdo a ser produzido no Brasil das novas instalações petrolíferas.
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