Gabrielli

Petrobras estuda emitir ações

Jornal do Commercio
25/08/2008 04:51
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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse na sexta-feira que a companhia está estudando, embora ainda não esteja planejando, uma nova oferta de ações para levantar capital para o desenvolvimento de novos campos de petróleo descobertos. Gabrielli, que falou a jornalistas, não deu mais detalhes sobre a possível oferta.

 

Dizendo que uma oferta de título poderia também ser possível, o presidente da Petrobras apontou que o nível de endividamento em relação à receita é de cerca de 17%, mas poderia subir para 25% ou 30%.

 

"Estes números são baseados no petróleo a US$ 35 o barril. Da última vez que chequei, o petróleo estava a US$ 115 o barril, então isso nos dá mais alavancagem", disse.

 

A Petrobras investiu US$ 1 bilhão na extração de 20 poços na camada do pré-sal, na costa brasileira, desde 2005, e encontrou grandes quantidades de petróleo leve de boa qualidade e gás natural. O Banco de Investimentos UBS estimou que os campos de Tupi e Carioca precisam de cerca de US$ 600 bilhões para seus desenvolvimentos.

 

A Petrobras tem necessitado, até o momento, de pouco financiamento, pois seu fluxo de caixa é de aproximadamente US$ 104 bilhões anualmente, disse Gabrielli. Em seu plano de investimento para 2008-2012, a companhia tem previstos US$ 112,4 bilhões, mas deverá revisar o número para focar investimentos futuros mais fortes nos campos do pré-sal.

 

 

Antonio Carlos Pinto, gerente de concepção de projetos da Petrobras, disse mais cedo a jornalistas que os custos de extração do petróleo em águas profundas poderiam ficar realmente mais atraentes. "Os custos de extração por barril para a produção-piloto, segundo me disseram, estão extremamente econômicos", afirmou. "O principal custo para o pré-sal está na perfuração dos poços. Estamos investindo na redução do tempo e do custo de perfuração."

 

O primeiro poço da Petrobras no pré-sal, perfurado em 2005, custou US$ 240 milhões e levou um ano para ser concluído. Desde então, a companhia reduziu os custos de perfuração para US$ 60 milhões por poço, e o tempo de conclusão para 60 dias, principalmente por meio de melhores tecnologias e da maior experiência.

 

A Petrobras anunciou em novembro uma reserva recuperável de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de petróleo no campo de Tupi, na Bacia de Santos, maior descoberta em águas profundas na história. O anúncio e as estimativas sobre uma reserva de 50 bilhões a 70 bilhões de barris de petróleo no pré-sal geraram especulações sobre a possibilidade de o governo assumir um maior controle sobre a riqueza do petróleo. Algumas autoridades do governo disseram que são favoráveis a uma mudança no modelo de divisão dos ganhos para um sistema similar ao utilizado pela Noruega na extração de petróleo no Mar do Norte.

 

Em resposta a um pergunta que se referia ao debate sobre a abertura da exploração de áreas da costa dos Estados Unidos, Gabrielli disse que acha que os avanços tecnológicos reduziram o risco ambiental da prospecção. "É um importante debate ambiental, mas você não precisa sacrificar os recursos naturais", disse. "Avanços tecnológicos nos permitem reduzir o impacto ambiental."

 

Ele deu o exemplo da produção e do armazenamento de embarcações atuantes no Golfo do México, onde a empresa tem a concessão da exploração de 320 blocos. "Eles serão desligáveis dos poços. Se um furacão vier, podemos simplesmente desligar e reduzir os riscos de dano ambiental. O navio simplesmente sairia do caminho da tempestade."

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