O diretor de gás energia da Petrobras, Ildo Sauer, informa que a estimativa da companhia é de que o gás natural adquirido da Bolívia sofra aumento de 5% no próximo dia 1º de outubro.
O diretor de gás energia da Petrobras, Ildo Sauer, informa que a estimativa da companhia é de que o gás natural adquirido da Bolívia sofra aumento de 5% no próximo dia 1º de outubro, quando ocorrerá o reajuste trimestral do contrato de compra e venda assumido entre os dois países.
O preço do insumo é atrelado a uma cesta de óleos no mercado internacional e conforme haja tendência de aumento desses óleos, o gás boliviano também tende a aumentar. O diretor declarou a informação durante sua conferência sobre os desafios para a indústria de gás natural, durante a Rio Oil&Gás, nesta terça-feira (12/09).
Em sua apresentação, Sauer reafirmou a necessidade do uso de gás natural liquefeito (GNL) para garantir o abastecimento de gás caso haja a necessidade de despacho das termoelétricas ao 100% e acrescentou que o distrito industrial de Suape não está totalmente descartado para a instalação de uma terceira planta de GNL, além das unidades programadas em Pecém (CE) e na Baía de Guanabara (RJ).
O diretor afirmou, ainda, que a Petrobra continua a realizar estudos para a instalação de outras unidades de GNL em São Francisco do Sul, entre Paraná e Santa Catarina, para abastecimento da termoelétrica de Araucária, assim como mantém estudos para a ampliação da capacidade do Gasbol, embora não haja definição sobre a viabilidade econômica para os investimentos.
Os investimentos para ampliar a capacidade do Gasbol seria a instalação de compressores e tubos paralelos que aumentem o fluxo. Quanto a investimentos diretos na Bolívia, o diretor afirmou que "não há previsão de investimentos na Bolívia no momento".
Na abertura do evento, o Ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, afirmou que a Petrobras poderia voltar a investir na Bolívia caso houvesse entendimento entre os dois paíes na reunião marcada para sexta-feira. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, continuou a descartar a possibilidade de novos investimentos no país andino.
Sauer afirma que compreende que "o Ministro deve ter mais aspectos para tratar com a Bolívia, mas para a Petrobras, empresarialmente, mais vale a declaração do presidente da companhia".
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