Em relação às informações veiculadas na imprensa de que a Petrobras estaria retomando atividades de campos terrestres que teriam sido hibernados, a companhia esclarece que não houve qualquer decisão de hibernar campos em terra. Desta maneira, é falsa a informação de que a diretoria da Petrobras “voltou atrás e suspendeu” a hibernação de tais campos. Não há como voltar atrás numa decisão que não foi tomada originalmente.
A decisão de hibernação, anunciada ao mercado em 26/3, abrange somente 62 plataformas de campos em águas rasas, nas bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará. Essas plataformas não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo. É importante destacar também que 80% dessas plataformas não são habitadas e que nenhum trabalhador da Petrobras foi demitido em razão da hibernação. Todos os empregados foram realocados em outras áreas da companhia.
A Petrobras opera, atualmente, 168 campos terrestres, cuja produção de óleo somou 114 mil barris por dia no primeiro trimestre de 2020. Desse total, 14 campos tiveram a produção interrompida temporariamente em função dos baixos preços de petróleo e para garantir a segurança dos trabalhadores diante da pandemia de Covid-19. Porém, não se trata de hibernação. A produção paralisada corresponde a cerca de 200 barris por dia na produção de óleo da Petrobras, ou seja, 0,01% da produção total da companhia.
Há uma diferença entre hibernação de um ativo e interrupção temporária de produção. A hibernação não prevê retorno da produção no curto prazo e, para isso, requer uma série de procedimentos de condicionamento dos equipamentos para que a unidade fique parada com segurança por um longo período de tempo. Já os procedimentos para interrupção temporária deixam a unidade preparada para um retomo mais imediato da produção, se houver viabilidade para tal. Em ambos os casos ocorre interrupção de produção e são mantidas as atividades de manutenção e conservação, de forma a manter a segurança e a integridade das instalações.
A Petrobras segue avaliando permanentemente os resultados econômicos de seus ativos, que têm que se demonstrar rentáveis diante novo cenário de preços baixos de petróleo. São esses resultados econômicos que determinam a decisão de interromper a produção dos campos, podendo, portanto, haver interrupções adicionais, caso se mostrem necessárias. As medidas de proteção do caixa da companhia adotadas até o momento buscam preservar a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos. As ações da Petrobras estão em linha com o que toda a indústria global de petróleo está fazendo para superar os impactos dessa crise.
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