Brasil Econômico
A Petrobras é uma fonte quase inesgotável de notícias. Na quinta-feira passada, fez mais uma entre inúmeras descobertas de um poço na Bacia de Campos. Ontem, anunciou que havia controlado um vazamento, de 1.500 litros de óleo.
O vazamento ocorreu no Campo de Marlim, também na Bacia de Campos.
É possível que amanhã tenha uma nova notícia para dar. O Senado deve votar um projeto de capitalização da empresa, quando pode definir o uso de cessão onerosa, ou o direito de explorar e produzir petróleo e gás natural em áreas não licitadas do pré-sal.
Se não der certo, a Petrobras já prepara uma saída extra, um plano B, para assegurar que terá o capital necessário para realizar seu plano de investimento, que contempla os próximos cinco anos.
O montante necessário será definido até a assembleia com acionistas marcada para a terça-feira, dia 22. Mas o presidente José Sergio Gabrielli já declarou que deve chegar a US$ 25 bilhões.
Pode ser que a empresa precise, no entanto, ultrapassar alguns obstáculos a fim de captar o dinheiro no mercado.
Teria de fazer a captação até o final de julho, para não bater de frente com o período de férias no Hemisfério Norte, quando não se costuma fazer esse tipo de operação. Depois disso, enfrentaria a fase pré-eleição no Brasil, também pouco proveitosa.
O mercado ainda espera pelo detalhamento do plano de capitalização, mas o fato de a estatal ter entrado em período de silêncio e ter definido os nomes dos seis bancos que vão coordená-lo no mundo tem sido visto com bons olhos.
As ações preferenciais da empresa subiram na BM&FBovespa nos últimos três pregões, mesmo quando o índice da bolsa caiu.
Alguns especialistas continuam criticando o projeto de capitalização. Argumentam que estados e municípios podem perder até R$ 46 bilhões, em 16 anos, apenas com a produção de Franco, uma vez que os direitos exploratórios do campo serão cedidos pela União para que a Petrobras consiga os recursos de que necessita
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