<P>A Petrobras deverá exportar este ano cerca de 850 milhões de litros de álcool combustível, volume sete vezes maior que o embarcado pela estatal em 2006 (120 milhões de litros), disse Sillas Oliva Filho, gerente de comércio de álcool da estatal. Os principais destinos serão os EUA, Venezue...
Valor EconômicoA Petrobras deverá exportar este ano cerca de 850 milhões de litros de álcool combustível, volume sete vezes maior que o embarcado pela estatal em 2006 (120 milhões de litros), disse Sillas Oliva Filho, gerente de comércio de álcool da estatal. Os principais destinos serão os EUA, Venezuela e Nigéria.
Será a primeira vez que a estatal embarcará álcool anidro para os EUA, que cobra tarifa de importação de US$ 0,14 por litro, além de taxa ad valorem de 2,5%. O embarque de álcool para os EUA será ainda em pequenos volumes. Ainda estamos testando o mercado americano, disse Oliva. O executivo participou ontem (dia 15) do seminário Sugar and Ethanol Brazil, realizado em São Paulo.
No fim de janeiro, a Petrobras fechou contrato para exportar álcool anidro para a Nigéria. O acordo foi acertado com a NNPC (Nigerian National Petroleum Corporation), a companhia estatal nigeriana de petróleo. Em agosto de 2005, as duas companhias assinaram um memorando de entendimentos para que a Petrobras auxiliasse a estatal nigeriana a implantar o programa de mistura de álcool na gasolina naquele país. Um ano antes, a Petrobras já tinha feito o mesmo acordo com a Venezuela.
Dois importantes países exportadores de petróleo, Venezuela e Nigéria querem implementar o programa de mistura de álcool na gasolina em seus países, para destinar suas reservas de petróleo ao mercado externo. Vamos fazer consultoria para os governos da Indonésia e Moçambique.
Para viabilizar as exportações, a estatal deverá fazer investimentos da ordem de US$ 750 milhões para a construção de alcodutos , ligando as regiões produtoras de álcool a partir de Senador Canedo, em Goiás, até Paulínia (SP).
Neste ano, a estatal deverá também fazer sua estréia na produção de álcool. Segundo Oliva, a Petrobras colocará em operação a partir de maio sua planta-piloto de álcool produzido a partir lignocelulose - sistema de quebra de enzimas de celulose do bagaço da cana. Em 2008, queremos produzir esse álcool em escala industrial, disse.
Além da produção de álcool celulósico, a companhia deverá ser acionista minoritária em projetos de usinas de álcool em parceria com a japonesa Mitsui. Esses projetos são para abastecer única e exclusivamente o mercado japonês.
Maior exportador mundial, o Brasil deverá embarcar este ano cerca de 3 bilhões de litros de álcool, ante 3,3 bilhões de litros negociados no ano passado, segundo Tarcilo Rodrigues, diretor da trading Bioagência.
De olho no mercado externo, o ex-presidente da Petrobras, Henri Phillipe Reischtul lançou oficialmente ontem a Brenco (Companhia Brasileira de Energia Renovável). A nova empresa concluiu oferta privada de US$ 200 milhões de dólares em ações ordinárias. A empresa tem por objetivo tornar-se um dos principais produtores mundiais de etanol.
Fonte: Valor Econômico - SP
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