Embora posem de pais orgulhosos na solenidade de encaminhamento da plataforma P-43 para o campo de Barracuda, Petrobras e a Kellogg Brown Root (KBR) continuam as dicussões para decidir os preços e prazos finais do projeto Barracuda-Caratinga. O projeto envolve as plataformas P-43 e P-48 e investimento total de US$ 3,1 bilhões. O orçamento inicial foi de US$ 2,5 bilhões.
O presidente e CEO da KBR, Andy Lane, admitiu o atraso de aproximadamente um ano e meio na entrega das duas plataformas, mas afirmou que durante todo o projeto KBR e Petrobras trabalharam muito próximas e que o alargamento dos prazos já havia sido acordado anteriormente entre as duas empresas.
Segundo Lane, o acordo final entre as duas empresas deverá sair nos próximos dias. "Se a KBR entregar as duas plataformas dentro do prazo, nem a Petrobras terá que pagar o valor relativo às alterações solicitadas durante o projeto, nem a KBR terá que ressarcir a companhia brasileira pelo atraso", afirmou Lane. 
Segundo o diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, as negociações com a KBR foram feitas em escala, resolvendo-se as pendências mais simples e deixando as mais complexas para o futuro. "Caso seja possível resolver tudo em acordos, melhor; se não vamos levar o assunto ao tribunal arbitral e até ao judicial", afirmou Estrella.
Os representantes das duas companhias afirmaram, no entanto, que acreditam que solução não precisará passar por um tribunal arbitral.
A solenidade de envio da P-43 foi realizada nesta terça-feira (28/09), mas a plataforma só será enviada para o campo de Barracuda no dia nove de outubro. O contrato com a KBR, entretanto, não termina com a entrega das plataformas. Ainda estão incluídos no acordo a amarração das plataformas nos campos e o suporte técnico.