Companhia apresenta inovações empregadas no bloco de Libra no evento mais importante da indústria offshore
Redação/Agência PetrobrasA Petrobras destacará, na 50ª edição da Offshore Tecnology Conference (OTC), de 6 a 9/5, em Houston, sua jornada tecnológica para viabilizar um dos principais projetos de exploração e produção de sua carteira: o desenvolvimento do bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Principal evento de petróleo e gás offshore do setor, a OTC reunirá especialistas, representantes da Academia, operadores e fornecedores do mundo inteiro interessados em trocar experiências sobre as mais modernas soluções tecnológicas aplicadas à indústria.
Libra é uma das grandes apostas da companhia para o futuro não só por seu potencial de produção, mas também por sua capacidade de impulsionar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para todo o setor. As cinco tecnologias empregadas em Libra foram cruciais para a Petrobras ter batido, nesse bloco, o recorde de produção média mensal por meio de um único poço offshore. O volume produzido por esse poço chegou a mais de 60 mil barris de petróleo equivalente (boe) por dia.
Sessão especial
No primeiro dia da OTC (6/5), a Petrobras apresentará uma sessão especial totalmente dedicada a Libra, composta por sete palestras. Serão abordadas as inovações empregadas no projeto, como o FPSO (unidade de produção, armazenagem e transferência de petróleo) que propicia a produção do poço em alta vazão reinjetando todo o gás produzido, inclusive o gás carbônico presente nele, evitando sua queima. Trata-se de uma inovação ambientalmente correta, que agiliza o conhecimento do comportamento da jazida de petróleo e contribui para redução das emissões de CO2 . Outra solução em destaque será a torre onde são conectadas as linhas de produção e injeção – conhecida como turret – que possui a maior capacidade de carga vertical da indústria.
Capacidade técnica
“Mostraremos, na OTC, a experiência única de desenvolver Libra, um projeto sem paralelo na indústria devido à elevada presença de gás carbônico e contaminantes nos reservatórios, localizados em águas ultraprofundas. Essas condições peculiares levaram nossos profissionais, em conjunto com nossos parceiros da Shell, Total, CNOOC e CNPC e fornecedores, a desenvolver tecnologias inéditas para tornar viável a produção dessa área”, diz o diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia, Rudimar Lorenzatto. Ele fará apresentação sobre resultados do pré-sal, nossa participação nos últimos leilões de blocos exploratórios e perspectivas de produção, em café da manhã para convidados da OTC, também na segunda-feira (6/5).
Nas sessões técnicas, representantes da companhia abordarão os desafios envolvidos no gerenciamento de reservatórios da Bacia de Campos, além das soluções para aumentar a atratividade econômica de projetos offshore, entre outros assuntos.
Prêmio OTC
Durante a conferência, o engenheiro Carlos Mastrangelo, aposentado pela Petrobras, receberá o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Individuals pelo desenvolvimento do conceito de FPSO como sistema de produção definitivo e sua regulamentação no Brasil e nos EUA.
“Se hoje a Petrobras é a maior operadora de FPSOs da indústria mundial e detém a maior expertise nesse segmento, esse resultado se deve – e muito – ao pioneirismo de profissionais como Mastrangelo, que converteram esse tipo de unidade - originalmente navios petroleiros - em autênticos sistemas de produção. Por não exigirem a instalação de infraestrutura de oleodutos e terem a capacidade de armazenar petróleo, os FPSOs se tornaram alternativa mais eficiente para nossa companhia”, afirma Rudimar.
É a segunda vez nos 50 anos da edição norte-americana da OTC que um brasileiro ganha esse prêmio. O primeiro deles foi entregue ao engenheiro Marcos Assayag. Em 2007, quando era gerente executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Assayag foi reconhecido por sua contribuição ao desenvolvimento de tecnologias para águas profundas e ultraprofundas.
A Petrobras recebeu, ainda, três prêmios OTC por inovações aplicadas no offshore: em 1992, pelo conjunto de tecnologias pioneiras utilizadas no campo de Marlim, na Bacia de Campos; em 2001, pela estratégia para desenvolver Roncador e, em 2015, pelas inovações concebidas para viabilizar a produção no pré-sal da Bacia de Santos.
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