Correio Brasiliense
O governo está constituindo um fundo financeiro com o objetivo de baratear os custos dos empréstimos para os fornecedores da Petrobras. O novo fundo, que já está em operação de forma experimental, foi constituído para oferecer taxas menores de juros do que aquelas que os bancos cobram normalmente para os empréstimos de capital de giro aos fornecedores da Petrobras.
O grande segredo do novo fundo para baixar o juro é o de eliminar a intermediação bancária nas operações de empréstimos das empresas que fornecem bens ou serviços para a Petrobras. Isso só é possível pelo fato de as empresas usarem como garantia recebíveis da Petrobras, o que reduz substancialmente o risco das operações. Num primeiro momento, o fundo deverá atingir o montante de R$ 1 bilhão.
A informação sobre a criação do fundo de recebíveis da Petrobras foi dada pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, durante reunião do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) realizada na terça-feira, em Brasília.
Dilma explicou que o novo fundo será criado no âmbito do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), nascido há cerca de um ano e meio e que tem como objetivo aumentar o conteúdo nacional na fabricação de navios, plataformas e outros projetos da Petrobras.
Bastante entusiasmada com o programa, Dilma diz que o Prominp tem gerado bons resultados. Segundo ela, o total de conteúdo nacional das plataformas da Petrobras subiu de 15% para 48%, e o objetivo é atingir 57,50% em 2007. "As metas são bastante factíveis", diz Dilma.
Um dos instrumentos para alcançar esse objetivo é o novo fundo de recebíveis da Petrobras. De acordo com a ministra, os investimentos previstos pelas empresas de petróleo e gás somam US$ 67,4 bilhões até 2010, sendo que US$ 53,6 bilhões são da Petrobras. Significa que existe um grande espaço para as empresas ligadas ao setor começarem a investir.
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